A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou, nesta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, a convocação e a quebra do sigilo telemático, bancário e fiscal do empresário Daniel Bueno Vorcaro. O banqueiro é o dono do Banco Master. A comissão mista também aprovou a convocação do governador de Minas Gerais (MG), Romeu Zema (Novo). A informação é de Lucas Pordeus León, da Agência Brasil, em Brasília.
Ambos foram incluídos na investigação da CPMI por suspeita de irregularidades na oferta de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do INSS. O tema é um dos principais focos de apuração da comissão mista.
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), defendeu a convocação de Vorcaro. Segundo ele, o Banco Master é uma das instituições que mais registram reclamações sobre crédito consignado. Ele já foi preso, e depois liberado, acusado de fraude em operações que podem somar R$ 12 bilhões, segundo a Polícia Federal (PF).
Pedido de convocação de Romeu Zema
A convocação do governador Romeu Zema foi aprovada com protestos da oposição. O pedido foi apresentado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). O parlamentar afirmou que a Zema Financeira, ligada ao governador de MG, foi beneficiária da Medida Provisória (MP) 1.106/2022, do governo Jair Bolsonaro. Essa medida permitiu empréstimos consignados a beneficiários do antigo Auxílio Brasil.
O deputado Correia afirmou que a Zema Financeira foi uma das poucas instituições autorizadas pelo Banco Central a oferecer a linha de crédito, que descontava parcelas de até 40% do benefício de famílias vulneráveis.
A defesa de Zema enviou uma nota à CPMI pedindo que ele não fosse convocado. A defesa alegou que o governador deixou a Zema Financeira após vencer a eleição de 2018. No entanto, o deputado Correia rebateu, citando que a família Zema mantém 100% das ações da instituição. A deputada Adriana Ventura (Novo-SP) lamentou que a CPMI tenha optado pela convocação, que obriga a presença, em vez do convite.
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