O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) lançaram, nesta quarta-feira (3), o Plano de Ação Conjunto para o Combate a Fraudes Bancárias Digitais. A iniciativa é resultado da Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias Digitais, firmada em fevereiro de 2025.
Os crimes praticados no ambiente digital são uma preocupação crescente e já colocam o Brasil na segunda posição mundial nestes tipos de golpes e fraudes, atrás apenas da China, segundo a Febraban.
Resposta coordenada e sofisticada
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, enfatizou que o combate aos crimes digitais exige uma resposta coordenada e inteligente do Estado, em parceria com a sociedade civil e as entidades financeiras. O ministro constatou que os crimes mudaram e migraram do mundo físico para o virtual, sobretudo o crime organizado.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou a importância da cooperação inédita entre os setores público, privado e a sociedade civil organizada. Ele ressaltou que a criminalidade digital busca o elo mais vulnerável, o mais frágil, da cadeia da indústria financeira.
Pilares do Plano de Ação e novas ferramentas
O Plano de Ação Conjunto consolida 23 iniciativas prioritárias para a atuação do Estado e da sociedade civil, cobrindo desde a prevenção até a repressão. O ministro Lewandowski explicou que o processo de aprimoramento do plano se estenderá por cinco anos.
Os seis pilares do plano são:
Aprimoramento dos processos de prevenção a fraudes e golpes.
Intensificação do combate e repressão contra crimes.
Compartilhamento e tratamento de dados e informações.
Capacitação de agentes, entidades privadas e da população.
Tratamento e cuidados às vítimas.
Conscientização da população para prevenção.
O plano inclui, entre outras ferramentas, vídeos educativos e um glossário com 41 tipologias de fraudes e golpes digitais.
Novo site para vítimas de golpes
No lançamento, a assessora Especial do MJSP, Betina Gunther, apresentou o novo site “Sofri um Golpe. E agora?” como a primeira entrega da iniciativa. A página está hospedada dentro da plataforma Gov.br e visa fornecer informações práticas, confiáveis e organizadas para os cidadãos.
O site possui dez trilhas com as condutas criminosas mais recorrentes, como “Levaram meu celular” e “Invadiram ou clonaram a minha rede social”. A linguagem é acessível, com o objetivo de orientar as vítimas em momentos de vulnerabilidade e contribuir para a prevenção destes crimes.
O plano foi construído por meio de encontros semanais, com o envolvimento de 357 especialistas de 23 entidades, incluindo áreas como telecomunicações, varejo e tecnologia. As informações são da repórter Daniella Almeida, em Brasília, publicadas em 3 de dezembro de 2025.











































