A manhã deste sábado, 22 de novembro, começou com forte movimentação policial no Condomínio Solar, em Brasília. Por volta das 6h, agentes da Polícia Federal cumpriram um mandado de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, após decisão do Supremo Tribunal Federal. Segundo as primeiras informações, trata-se de uma medida cautelar e não do início do cumprimento da pena pela qual ele foi condenado anteriormente.
Uma viatura da PF permaneceu posicionada em frente à residência pouco antes da abordagem. Em seguida, um comboio com agentes conduziu Bolsonaro até a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde ele chegou por volta de 6h35. O trajeto foi discreto, sem tumultos, e acompanhado por reforço policial.
Ao chegar ao local, o ex-presidente passou por exames de rotina no Instituto Nacional de Criminalística e foi encaminhado para uma sala de Estado, ambiente reservado a autoridades como ex-presidentes e figuras públicas de alto escalão. A estrutura é utilizada para garantir segurança institucional e integridade física.
Nas áreas externas da Superintendência, equipes de imprensa acompanharam a movimentação desde cedo. A PF apurou que, desde a madrugada, circulavam convocações nas redes sociais para vigílias e aglomerações próximas ao condomínio onde Bolsonaro mora, o que, segundo autoridades, poderia gerar riscos a terceiros e ao próprio ex-presidente.
A prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pelo STF com base na garantia da ordem pública. De acordo com as informações iniciais, a decisão não está vinculada ao processo de execução penal da condenação de 27 anos e 3 meses determinada em setembro, referente à tentativa de golpe de Estado. O primeiro recurso da defesa, os embargos de declaração, já havia sido negado, mas o processo ainda não avançou para cumprimento de pena.
Desde ontem, a defesa de Bolsonaro tentava garantir que eventual cumprimento de pena fosse realizado em regime domiciliar humanitário, alegando quadro de saúde debilitada. O argumento citava precedentes, como o do ex-presidente Fernando Collor, que obteve autorização semelhante. O pedido, porém, não foi atendido.
Ao longo da manhã, novas informações foram confirmadas: a prisão preventiva tem como fundamento o risco de desordem pública e de concentração de apoiadores, que já organizavam atos próximos ao condomínio. A medida busca evitar aglomerações, preservar a segurança do ex-presidente e evitar confrontos.
Neste momento, Bolsonaro permanece na Superintendência da PF em Brasília, onde seguirá custodiado enquanto novas decisões judiciais são aguardadas. A movimentação na área continua moderada, mas com reforço policial e expectativa de manifestações ao longo do dia.
O caso segue movimentando o cenário político nacional, e novas atualizações devem surgir nas próximas horas, especialmente sobre eventuais recursos, condições de custódia e posicionamentos oficiais.











































