A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada neste sábado, dia 22, chamou atenção não apenas pelo novo capítulo jurídico, mas pela coincidência com o número 22, histórico em sua trajetória eleitoral. Para muitos observadores, a data virou um detalhe simbólico que parece amarrado ao enredo político que acompanha Bolsonaro há anos.
O ex-presidente já estava em prisão domiciliar desde agosto, acusado de tentar interferir nas investigações sobre a suposta trama golpista. O STF determinou a conversão para prisão preventiva após identificar risco de fuga, elevando ainda mais a gravidade da situação.
Em setembro, Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão pela tentativa de golpe de Estado em 2022. A condenação resultou na perda de seus direitos políticos e ainda impõe mais oito anos de inelegibilidade após o cumprimento da pena. Vale lembrar que, antes disso, ele já estava inelegível até 2030 por decisão do TSE, que o considerou responsável por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha.
Além da pena e das restrições, Bolsonaro segue como alvo de diversas investigações no Supremo, incluindo suspeitas de interferência na Polícia Federal, irregularidades envolvendo joias sauditas, uso ilegal da Abin e possíveis articulações para influenciar autoridades estrangeiras sobre pautas golpistas. O conjunto desses processos torna sua situação jurídica a mais delicada desde que deixou o cargo.
Do outro lado, apoiadores de Bolsonaro reagiram com indignação. Nas redes sociais, muitos afirmam que a prisão é fruto de “perseguição política”, reforçando a narrativa de que o ex-presidente estaria sendo alvo de decisões coordenadas para afastá-lo definitivamente da vida pública. A coincidência de a prisão ocorrer justamente no dia 22, número associado ao seu partido e ao seu eleitorado, virou argumento simbólico dentro desse discurso.
Coincidência ou ironia do destino, o fato é que o dia 22 ganha agora um novo capítulo na cronologia de Jair Bolsonaro, adicionando mais tensão e novos debates ao já carregado cenário político do país.










































