Brasil e Moçambique completam 50 anos de relações diplomáticas neste sábado (15), marcando meio século de uma parceria construída sobre idioma comum, laços históricos e cooperação em áreas estratégicas como saúde, agricultura, educação e segurança. Para reforçar essa agenda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajará ao país africano no dia 24 de novembro, logo após participar da Cúpula do G20, que acontece entre 22 e 23 em Joanesburgo, na África do Sul.
Cooperação aprofundada ao longo de cinco décadas
Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores destacou que a relação bilateral, formalizada em 15 de novembro de 1975, também se fortalece dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Segundo a pasta, os dois países compartilham “ampla convergência” em temas debatidos em foros internacionais. Um exemplo recente foi o apoio expressivo de Moçambique às propostas brasileiras na COP30, realizada em Belém.
Ao longo dos anos, o Brasil atuou em momentos críticos do país africano, como no envio de forças de segurança e apoio à reconstrução após o ciclone que devastou Moçambique há seis anos.
Encontro de Lula com Daniel Chapo na COP30
No último dia 7, à margem da COP30, Lula se reuniu com o presidente moçambicano, Daniel Chapo, para preparar a agenda da visita oficial que será realizada em Maputo.
De acordo com nota do governo brasileiro, os presidentes se comprometeram a ampliar a cooperação em:
- agricultura,
- empreendedorismo,
- saúde,
- educação,
- combate ao crime organizado,
- além da expansão do comércio e investimentos bilaterais.
Moçambique é atualmente o maior beneficiário dos projetos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) no continente africano, envolvendo iniciativas estruturantes em diversas áreas sociais e produtivas.
Comércio bilateral movimentou US$ 40,5 milhões em 2024
O intercâmbio comercial entre os dois países somou US$ 40,5 milhões no ano passado. O Brasil exportou US$ 37,8 milhões e importou US$ 2,7 milhões.
Principais produtos exportados pelo Brasil:
- carnes de aves frescas, congeladas ou resfriadas (41%)
- artigos de perfumaria e toucador (4,7%)
- móveis e partes (5%)
Já as importações brasileiras são formadas quase totalmente por tabaco descaulificado ou desnervado (95%).









































