RELACIONAMENTO
Há um limite invisível — mas determinante — que separa a vida pessoal e a responsabilidade pública.
RISCO
Quando esse limite é ultrapassado, sobretudo por quem ocupa posições estratégicas no Estado, o dano extrapola o campo íntimo e alcança a credibilidade das instituições.
TRAIÇÃO
Em menos de um mês, recebi cinco denúncias envolvendo membros do alto escalão político de Rondônia em relações extraconjugais com colegas de trabalho.
ENTENDIMENTO
Não se trata de moralismo, mas de algo muito mais profundo: a corrosão da ética pública e o risco institucional causado por escolhas privadas que repercutem no interesse coletivo.
FATO
O problema não é a vida amorosa — é o impacto dela no serviço público. Em tese, ninguém deveria ser julgado por questões íntimas.
CONVIVÊNCIA
Mas o cenário muda quando essas relações interferem na hierarquia, na disciplina, no desempenho ou, pior, quando se transformam em instrumento de favorecimento, retaliação, chantagem e conflitos internos.
SERIEDADE
O servidor público, especialmente aquele que exerce cargos de direção, não pode permitir que sua vida pessoal contamine o ambiente institucional.
DANO
Quando um gestor mantém um relacionamento com subordinados, o risco é imediato.
DANO 2
Promoção indevida, privilégios, agendas flexíveis, viagens arranjadas, distribuição anormal de funções, além de disputas internas movidas por ciúmes ou competição.
DANO 3
Isso tudo cria um ambiente tóxico, hostil e vulnerável a denúncias — e, em muitos casos, a provas.
CONSEQUÊNCIAS
O que começa como um caso escondido pode terminar em: Exoneração por quebra de decoro, especialmente para cargos comissionados.
CONSEQUÊNCIAS 2
Processos administrativos disciplinares, que costumam ser devastadores para a carreira.
CONSEQUÊNCIAS 3
Ações judiciais, incluindo assédio moral, assédio sexual, favorecimento ilícito e improbidade administrativa.
CONSEQUÊNCIAS 4
Vazamento de conversas, mensagens e vídeos, capazes de destruir reputações e instituições.
CONSEQUÊNCIAS 5
Desgaste político irreversível, principalmente quando envolve membros de primeiro escalão.
EXPOSIÇÃO
Quem ocupa um posto de liderança no setor público não tem vida 100% privada: suas ações se refletem no funcionamento do Estado ou município.
BOM EXEMPLO
A sociedade cobra postura, sobriedade e equilíbrio. Não é um capricho: é uma exigência republicana.
ESCÂNDALO
O mais alarmante é que muitos desses casos ocorrem dentro da própria estrutura de governo, repetindo um padrão arriscado.
PERFIL
pessoas casadas, com altos salários e altíssimo nível de poder, se envolvendo com colegas de trabalho como se o ambiente público fosse uma extensão da vida privada. E não é.
PRIVATIVO
O gabinete não é motel. A repartição não é aplicativo de relacionamento. O Estado não é cúmplice de aventuras clandestinas.
OPINIÃO
Eu costumo dizer que a coluna não é revista Caras, por isso costumo passar longe de fofoca, principalmente quando se trata de questão íntima.
OPINIÃO 2
O problema é que o que começa como prazer pode virar prova. O que é sigiloso hoje pode ser viral amanhã. O que parece inofensivo pode custar um cargo — ou uma carreira inteira.
OPINIÃO 3
Quando o foco de quem deveria liderar se desloca para relações secretas, o Estado perde eficiência. A equipe se divide. Nasce o clima de fofoca, intriga e insegurança.
OPINIÃO 4
A autoridade se fragiliza. O modelo de liderança se dissolve. E, com isso, a confiança pública diminui — algo muito mais grave do que qualquer traição doméstica.
OPINIÃO 5
O escândalo não recai apenas sobre a pessoa envolvida, mas sobre o órgão, sobre o governo e sobre toda a estrutura que deveria servir ao cidadão, e não ao ego ou aos impulsos de quem dirige.
OPINIÃO 6
Rondônia tem desafios gigantescos: saúde, educação, infraestrutura, segurança, transparência. O que menos o Estado precisa é de autoridades transformando repartições públicas em arenas sentimentais capazes de gerar instabilidade institucional.
OPINIÃO 7
Em tempos em que tudo vaza — áudios, fotos, prints, conversas privadas — acreditar que um romance secreto sobreviverá dentro do ambiente público é um erro que beira a ingenuidade.
OPINIÃO 8
O servidor que ocupa cargo de liderança precisa entender: não é proibido ter vida pessoal, mas é obrigatório ter responsabilidade pública.
FRASE
A autoridade que assedia perde o respeito antes mesmo de perder o cargo.










































