O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (3 de novembro de 2025) manter a prisão do general Braga Netto. O militar da reserva e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 está preso desde dezembro do ano passado.
A prisão foi motivada pela acusação de que o general tentou obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes destacou que o general Braga Netto foi condenado a 26 anos e seis meses de prisão na ação penal que trata da trama golpista. Além disso, ele foi condenado ao pagamento solidário de R$ 30 milhões, valor referente aos danos causados nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Justificativa da manutenção da prisão
Moraes fundamentou a decisão citando o risco de fuga do réu e a garantia da aplicação da lei penal.
“O término do julgamento do mérito da presente ação penal e o fundado receio de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8/1/2023, autorizam a manutenção da prisão preventiva para garantia efetiva da aplicação da lei penal”, afirmou o ministro do STF.
Durante o curso das investigações, a Polícia Federal identificou que o general, apontado como um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, que foi ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Após sua prisão, a defesa do general Braga Netto negou que ele tenha obstruído as investigações. O militar da reserva responde na Justiça como réu por sua participação nos fatos investigados.












































