O encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump (Estados Unidos) no domingo (26), na Malásia, representou uma mudança significativa nas negociações bilaterais. Até então, as tratativas haviam sido prejudicadas pelas informações desfavoráveis sobre o Brasil, disseminadas por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Paulo Figueiredo junto ao governo americano. Antes da reunião formal, os dois líderes já haviam se encontrado brevemente na ONU e acordado um encontro oficial, que ocorreu no domingo.
A pauta foi dominada pelas dinâmicas econômicas, especialmente o receio dos Estados Unidos de perderem espaço no mercado brasileiro para concorrentes, sobretudo asiáticos. Pressionado por empresários americanos, Trump reconsiderou suas medidas e com isso poderá reduzir ou até mesmo retirar as taxas impostas aos produtos brasileiros, um ponto central da conversa entre os presidentes. A repercussão do encontro foi imediata.
A imprensa brasileira priorizou as questões econômicas e a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Já a mídia hispano-americana buscou contextualizar o evento em relação a questões locais, como o conflito entre os EUA e a Venezuela, no qual Lula se ofereceu como mediador.
Ainda durante o voo, no dia 26, Donald Trump foi questionado por jornalistas sobre a reunião. “Tivemos um bom encontro. Vamos ver o que acontece. Eles querem fazer um acordo. Vamos ver. Neste momento, estão pagando uma tarifa de 50%. Mas nós tivemos um grande encontro.” Durante a entrevista, Trump foi informado de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, figura de destaque no cenário internacional, completava 80 anos. Em um tom bem-humorado, quebrando a imagem austera que geralmente se tem dele, Trump parabenizou Lula: “Hoje é o aniversário dele! É um cara muito vigoroso, fiquei impressionado. Então, feliz aniversário! Vocês podem transmitir meus parabéns a ele?”.
A imprensa internacional destacou o carisma de Lula, com alguns veículos chegando a afirmar que ele teria potencial para liderar o mundo. Uma das notícias, por exemplo, mencionava que, se Lula se candidatasse a presidente do mundo, ele venceria. Jornalistas estrangeiros o parabenizaram, buscando explicar o fascínio que ele exerce sobre as autoridades globais, em especial o presidente francês, citado como o mais impressionado.










































