O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (27) que ele e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trocaram telefones para manter contato direto sempre que surgirem dificuldades nas negociações entre os dois países.
“Estabelecemos uma regra de negociação que toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, disse Lula em conversa com a imprensa, na saída do hotel em Kuala Lumpur, na Malásia.
A declaração foi uma resposta à fala de Trump após deixar o país. Segundo a agência Reuters, o presidente norte-americano descreveu o encontro com Lula como uma “boa reunião” e classificou o brasileiro como “um cara bastante enérgico”, mas ressaltou que ainda não há garantia de acordo com o Brasil.
“Não sei se algo vai acontecer, mas veremos”, afirmou Trump a repórteres no avião presidencial.
Lula respondeu dizendo que a incerteza é “óbvia”.
“Não era possível que em uma única conversa a gente pudesse resolver os problemas”, afirmou o presidente brasileiro.
Negociações e medidas comerciais
Lula destacou que as equipes diplomáticas e econômicas dos dois países continuarão tratando de temas sensíveis, como o fim da sobretaxação a produtos brasileiros e a suspensão de punições impostas pelo governo americano a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, além de seus familiares.
“Minha equipe é de alto nível. Tem o Alckmin, o Haddad e o Mauro Vieira. Eu entreguei um documento com o que foi dito na nossa conversa, portanto não foram apenas palavras. Ele tem um documento sabendo o que o Brasil quer”, ressaltou Lula.
Compromissos no Sudeste Asiático
O presidente brasileiro cumpre nesta segunda-feira (27) o quinto dia de agendas no Sudeste Asiático. Em Kuala Lumpur, participou da abertura da 20ª Cúpula da Ásia do Leste e foi recebido em um jantar de gala oferecido pelo presidente da Malásia, Anwar Ibrahim, e pela primeira-dama Wan Azizah Wan Ismail.
Desde quinta-feira, Lula esteve também na Indonésia, onde participou da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). O encontro com Donald Trump ocorreu durante as programações oficiais da cúpula, marcando um momento de diálogo direto entre os dois líderes sobre relações comerciais e diplomáticas.











































