O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, foi detido nesta terça-feira, 1º de outubro, na Itália, onde reside. A detenção, determinada pela Corte de Apelação de Catanzaro, ocorreu após Tagliaferro ser alvo de um pedido de extradição formal feito pelo governo brasileiro.
O ex-assessor de Alexandre de Moraes foi liberado logo após ser notificado sobre a extradição. Ele não permaneceu preso, mas foi obrigado a informar às autoridades italianas o endereço onde irá permanecer e está proibido de sair do país.
Acusações de violação de sigilo e vazamento
Tagliaferro, que possui cidadania italiana, deixou o Brasil alegando perseguição. Sua saída ocorreu após ele vazar para a imprensa conversas que, segundo sua versão, revelariam supostas ilegalidades cometidas quando Alexandre de Moraes ocupou a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022. O ministro, por sua vez, sempre afirmou que não houve nenhuma ilegalidade nos atos.
Após a divulgação das conversas, o ex-assessor de Alexandre de Moraes foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de:
- Violação de sigilo funcional;
- Coação no curso do processo;
- Obstrução de investigação penal.
Tagliaferro foi contratado pelo próprio ministro para trabalhar na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), setor que funcionou no TSE durante o pleito de 2022. Ele foi investigado pela Polícia Federal pelo vazamento de diálogos com outros funcionários do gabinete.