O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, negou participação em esquema de fraudes durante depoimento nesta quinta-feira (25) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades em aposentadorias. Ele é suspeito de movimentar R$ 24,5 milhões em cinco meses e de pagar propina a servidores do Instituto Nacional do Seguro Social.
Perguntas de Coronel Chrisóstomo
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) utilizou seu tempo para cobrar explicações do depoente. O parlamentar pediu que o empresário detalhasse quem seriam os beneficiados pelas fraudes e apelou para que colaborasse com as investigações.
“Quero dizer para Rondônia e para o Brasil que, se no fim de tudo o senhor for inocentado, eu mesmo pedirei desculpas. Mas até lá tenho o dever de cobrar respostas”, disse o deputado. Questionado se já havia refletido sobre as denúncias, Antunes afirmou que não se considerava responsável e que teria documentos que comprovariam sua inocência.
Empresas e relações investigadas
Chrisóstomo reforçou que as apurações indicam a existência de outros nomes acima de Antunes no esquema. O empresário negou ter conhecimento do funcionamento da fraude.
Ele confirmou, porém, que seu filho Romeu é sócio em alguns negócios e que suas empresas prestaram serviços para companhias citadas nas investigações, como a Benfix, de Maurício Camisote. Explicou ainda que parte das firmas tinha registros contábeis em endereços distintos no Setor Bancário Norte, em Brasília.
Citação a ex-ministro
Em outro momento, o parlamentar perguntou se o ex-ministro Carlos Lupi tinha conhecimento das irregularidades. Antunes negou qualquer relação.
“O povo brasileiro quer saber quem roubou os aposentados e pensionistas. Muitos idosos perderam sua saúde por causa do dinheiro que foi tirado deles”, concluiu Chrisóstomo.