Durante seu discurso de abertura na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que a América Latina e o Caribe permaneçam como uma zona de paz, apesar da crescente polarização. Ele expressou preocupação com a equiparação entre a criminalidade e o terrorismo.
Segundo o presidente, a melhor forma de combater o tráfico de drogas é por meio da cooperação para reprimir a lavagem de dinheiro e limitar o comércio de armas, e não com o uso de força letal. “Usar força letal em situações que não constituem conflitos armados equivale a executar pessoas sem julgamento”, alertou.
Posição sobre outros países
Lula também citou a importância de manter o diálogo aberto na Venezuela e garantiu que o Haiti tem o direito a um futuro sem violência. Em uma crítica à política dos EUA, o presidente classificou como “inadmissível” que Cuba seja listada como um país patrocinador do terrorismo.
A posição de Lula se opõe à do governo de Donald Trump, que deslocou embarcações militares para a costa venezuelana com a justificativa de combate às drogas, acusando o governo de Nicolás Maduro de ser um “narcoestado”. Especialistas, no entanto, questionam essa classificação.