Em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a pobreza é “tão inimiga da democracia quanto o extremismo”. Ele destacou que a democracia perde força quando há desigualdades, como mulheres recebendo menos que homens, ou quando se culpa migrantes pelos problemas sociais.
Lula ressaltou o orgulho do Brasil por ter saído do Mapa da Fome em 2025, de acordo com a FAO. No entanto, ele lembrou que 670 milhões de pessoas ainda passam fome no mundo e que a única “guerra” em que todos podem sair vencedores é a travada contra a fome e a pobreza.
Prioridades globais e o G20
O presidente defendeu que a comunidade internacional reveja suas prioridades, sugerindo que se reduzam os gastos com guerras para aumentar a ajuda ao desenvolvimento. Outros pontos levantados por ele foram o alívio da dívida externa de países mais pobres e a definição de padrões mínimos de tributação global para que os “super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores”.
Lula mencionou a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada no G20 com o apoio de 103 países, como um exemplo de iniciativa para combater essas desigualdades.