O governo dos Estados Unidos ampliou nesta segunda-feira (22) as sanções baseadas na Lei Magnitsky Global e incluiu Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e a empresa Lex, apontada como gestora do patrimônio da família. O anúncio foi feito pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que acusou Moraes de conduzir uma “campanha opressiva de censura”.
Segundo o comunicado oficial do Departamento do Tesouro, as sanções visam pessoas e entidades que ofereçam apoio financeiro e institucional ao ministro. A empresa Lex, de acordo com o Tesouro norte-americano, atua como um “holding” de bens, incluindo a residência da família, com transferências formais de imóveis feitas há mais de uma década. Viviane é citada como sócia-gerente e única administradora desde a fundação da companhia.
Alexandre de Moraes já havia sido alvo de sanções em julho de 2025, quando os Estados Unidos o acusaram de medidas de censura e abuso de autoridade. O novo pacote reforça o cerco a pessoas ligadas ao ministro. O governo americano afirma que a medida tem como objetivo coibir ações que violem a liberdade de expressão e os direitos humanos no Brasil.
As sanções, com base na Lei Magnitsky, proíbem cidadãos e empresas dos EUA de realizar transações financeiras com os nomes incluídos na lista. Bens e ativos que estejam em território norte-americano podem ser congelados. A iniciativa também funciona como alerta a instituições financeiras que mantenham vínculos com os alvos das sanções.
O episódio aprofunda tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Enquanto a administração Trump pressiona com novas medidas, autoridades brasileiras criticam a ação como tentativa de interferência em assuntos internos. O Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova rodada de sanções.
Fonte: O Povo