A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta quarta-feira (10) em Brasília que a governança climática bem-sucedida depende da parceria e solidariedade entre governos e a sociedade. A declaração foi feita na abertura do Seminário Governança Climática, que reuniu técnicos federais, estaduais e municipais, além de representantes da sociedade civil. A ministra ressaltou que as ações ambientais são cruciais, especialmente em um cenário global marcado por conflitos e crises.
De acordo com Marina, 1.942 municípios brasileiros já são considerados vulneráveis às emergências climáticas, e as políticas públicas precisam ser transformadas e articuladas para que todos possam participar. O objetivo é criar um “novo ciclo de prosperidade”, onde a adaptação e a mitigação se tornem vetores de desenvolvimento econômico sustentável.
Periferias e cidades resilientes
No evento, foi lançada a chamada pública para o Banco de Projetos do Programa Cidades Verdes Resilientes, que visa reunir propostas para intervenções urbanas. Além disso, foi anunciado o resultado do programa Periferias Verdes Resilientes, que destinará R$ 15 milhões a projetos em cidades como Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e Belém. A iniciativa busca fortalecer a rede de resiliência nos municípios, que são a base de onde a vida e os impactos climáticos acontecem, como alertou o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.
Cooperação e financiamento
A subprocuradora-geral da República, Luiza Cristina Frischeisen, e o ministro das Cidades, Jader Filho, reforçaram a necessidade de políticas públicas contínuas e de um forte financiamento internacional. Eles destacaram que os países e grandes economias devem cumprir os acordos de financiamento, como o estabelecido no Acordo de Paris, para que soluções sejam implementadas em locais como a Amazônia. A governança climática em todos os níveis, do local ao global, é vista como a chave para enfrentar a emergência climática de forma eficaz.