O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) foi um dos protagonistas na última oitiva da CPMI do INSS, realizada nesta segunda-feira (1º). Ele questionou o advogado Eli Cohen sobre o suposto envolvimento de membros do Partido dos Trabalhadores (PT) nas fraudes contra aposentados e pensionistas. Em resposta, Cohen afirmou que, de acordo com suas investigações, “a turma do PT sabia” do esquema fraudulento.
O advogado, que relatou ter recebido diversas ameaças desde o início de suas apurações em 2022, explicou que o esquema movimentava cerca de R$ 2,8 bilhões em fraudes. Ele detalhou o funcionamento de associações de fachada que realizavam descontos indevidos em benefícios, afetando aproximadamente um milhão de pessoas.
Nomes e medidas solicitadas pela CPMI
Durante seu depoimento, Cohen citou nomes de empresários e lobistas que, segundo ele, lideravam o esquema. Entre eles, Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”.
Diante das revelações, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), pediu ao Ministério da Justiça e ao STF a prisão preventiva dos citados. O presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), apoiou a solicitação e cobrou também o bloqueio dos bens dos acusados. Cohen não soube informar sobre o envolvimento de ex-ministros da Previdência ou ex-presidentes do INSS.
Proteção ao depoente
O advogado também revelou que três entidades controladas por Camisotti – Ambec, Unsbras e Cebap – teriam movimentado cerca de R$ 1 bilhão em descontos ilegais, e acusou a Contag e a Cobap de conivência. Devido às ameaças recebidas, o relator da CPMI solicitou proteção policial para Eli Cohen, medida que foi aprovada pelo presidente do colegiado.