Na visita de Lula, na tarde desta sexta-feira, foi assinado o termo de cooperação técnica, dando o pontapé inicial para a construção do Hospital Universitário (HU). O empreendimento é fruto de uma parceria entre o governo federal, a Universidade Federal de Rondônia (Unir), a Prefeitura de Porto Velho e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A vinda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Porto Velho nesta sexta-feira (08/8) trouxe consigo o anúncio de empreendimentos importantes e fundamentais que ajudarão a retirar Rondônia do cenário de obras necessárias, mas há muito paralisadas ou engavetadas por gestões sem compromisso com a população local.
A implantação do Hospital Universitário, segundo o governo federal, vai beneficiar 1,5 milhão de habitantes, além de servir como campo para as práticas dos estudantes de graduação e pós-graduação. Na presença de Lula, o prefeito Léo Moraes (Podemos) agradeceu o investimento e refletiu ao afirmar que a política no estado deve ser conduzida sem ideologias partidárias.
“Política é ter coragem – coragem para discutir o nosso futuro, que é muito promissor. Quero agradecer os investimentos em forma de respeito e dizer a todos que quem ajudar Porto Velho terá sempre o nosso respeito”.
Em nota, a Agência de notícias do governo informou que “a iniciativa será viabilizada por meio de Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade Federal de Rondônia (Unir), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) – ambas vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) – e a Prefeitura de Porto Velho. O documento prevê a desocupação, a reforma e a doação do prédio por parte da Prefeitura de Porto Velho à Unir.”
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Na prática, a construção do hospital universitário vai beneficiar Porto Velho e todo o estado de Rondônia, que passarão a integrar o grupo de unidades federativas da Região Norte que possuem hospitais universitários. Atualmente, Rondônia, Roraima e o Acre são os únicos estados da região que não contam com unidades hospitalares ligadas a universidades. Para o Ministro da Educação, Camilo Santana, a assinatura da aquisição do hospital universitário faz-se uma exigência do próprio Presidente Lula ao seu ministério. “O Presidente Lula me chamou e disse, agora no seu terceiro mandato: ‘Camilo, eu quero que todo o estado do Brasil tenha pelo menos um hospital universitário, que é um hospital do SUS, de ensino, mas que atende a população’. Hoje, com a assinatura, o estado de Rondônia haverá de ter um hospital universitário em Porto Velho”, explicou Camilo, que agradeceu o empenho da Prefeitura de Léo Moraes.
A carência de um hospital de urgência e emergência em Porto Velho representa um grave dilema. No entanto, esse gargalo, segundo Camilo Santana, promete ficar no passado com a parceria entre o governo federal e a Prefeitura. Dos 50 leitos propostos pelo município, o governo entrará com uma contrapartida, oferecendo outros 100. “Assim que o município comprar o hospital, nós o assumiremos, injetando cerca de R$ 80 milhões por ano para manter a unidade. Ampliaremos o hospital, passando de 50 para 150 leitos”.
A carência de um hospital amplo e moderno agrava a situação no Hospital João Paulo II, cuja estrutura precária impede um atendimento humanizado. Pacientes amontoados, ausência de privacidade e longas esperas são a realidade. Apesar da dedicação dos profissionais, a falta de espaço em uma estrutura obsoleta leva à cena revoltante de pacientes sendo atendidos no chão por falta de leitos, expondo a grave crise na saúde pública estadual.