Após mais de 47 horas de ocupação, a oposição no Senado desocupou o plenário principal da Casa nesta quinta-feira (7). O gesto, segundo o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), foi para “restabelecer a normalidade” dos trabalhos e retomar o diálogo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
A obstrução foi uma tentativa de pressionar por projetos prioritários para o grupo, como a anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro e o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Diálogo reestabelecido e votação de projetos
A desocupação ocorreu após reuniões do grupo com Alcolumbre, que se comprometeu a levar as pautas da oposição para discussão com os demais líderes da Casa. A retomada dos trabalhos permitiu que os senadores aprovassem um projeto que atualiza a tabela do Imposto de Renda, isentando quem ganha até dois salários mínimos. O texto agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na Câmara dos Deputados, o plenário já havia sido liberado na noite de quarta-feira (6), após intensos debates e protestos. A desobstrução do Senado também descartou a necessidade de utilizar o espaço alternativo conhecido como “bunker” para as sessões, uma medida que havia sido cogitada por Alcolumbre.