Invasão de terras, privatização da BR-364 e anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro foram alguns temas debatidos pelo senador Jaime Bagattoli (PL) no programa “Papo de Redação”, da rádio Parecis FM. Em quase uma hora de entrevista, o parlamentar discorreu sobre os assuntos e falou das suas contribuições para o estado.
Aos jornalistas Sérgio Pires, Beni Andrade e Emanuel Neri, Bagattoli falou ainda do andamento da PEC da Transposição na Câmara Federal e cobrou mais empenho do atual governo estadual.
PRIVATIZAÇÃO DA BR-364
“Eu fui contrário a esta privatização desde o início, porque eu sei que quem vai pagar essa conta é o consumidor final, já que o setor produtivo e de transporte vão se ver obrigados a repassar esse custo adicional ao consumidor. Não faz sentido a única rodovia que liga os estados de Rondônia, Acre e Amazonas ser privatizada dessa forma. Por isso, vamos fazer audiências públicas e ir ao TCU para que se investigue isso”, declarou o senador.
INVASÃO DE TERRAS
Outro tema levantado foi o início do “Abril Vermelho”, mês marcado pelo aumento de invasões de terra por movimentos sociais agrários. Na ocasião, Jaime lembrou dos investimentos milionários do governo federal a esse tipo de movimento em contraste as poucas ações na regularização fundiária.
“Nós não podemos mais aceitar esse sistema de invasão de terras. Essa questão é injusta com muitas famílias que investiram anos na terra e agora correm o risco de serem expulsas, além de conviverem com o terror no campo. Enquanto isso, o atual governo não avançou em nada na regularização fundiária, com poucos títulos entregues até agora”, lembrou o senador.
TRANSPOSIÇÃO
No início deste ano, Jaime solicitou uma audiência com o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Rep), para que a PEC seja votada ainda este ano na casa. Bagattoli foi um dos responsáveis por desarquivar a PEC e aprová-la por unanimidade no Senado Federal. Na entrevista, ele apontou a falta de empenho do governo estadual.
“Aprovamos a PEC por unanimidade no Senado logo no meu primeiro ano de mandato, mas eu vejo que o empenho do governador de Rondônia foi zero e ele precisa se empenhar, pois se aprovada e sancionada será um alívio para a folha de pagamento do estado, já que esses servidores vão migrar para a folha da União”, lembrou o parlamentar.
ANISTIA
Por fim, o tema da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro também foi abordado pelo senador. A pauta ainda tramita na Câmara dos Deputados.
“Temos gente nossa de Rondônia presa injustamente nesses atos. Gente como o Ezequiel, morador de Ji-Paraná e que está longe dos filhos e da esposa por um crime que não cometeu. Enquanto isso, quem saqueou o país continua livre e podendo voltar à vida política. O Supremo e o Congresso têm a chance de pacificar esse país novamente”, concluiu o senador.