PODCAST
Ontem, em nosso podcast Resenha Política, o vice-governador Sérgio Gonçalves confirmou que tem intenção de disputar o Governo de Rondônia pelo União Brasil e adiantou que as divergências internas no partido vão se acomodando no decorrer do tempo. Reafirmou que o grupo estará unido em 2026 numa chapa completa a todos os cargos. Quanto à demissão do irmão, Junior Gonçalves, da Casa Civil, é um assunto superado. “O ciclo de Junior no governo se completou e ele vai continuar colaborando com Rondônia de outras formas”, explicou. A repercussão da entrevista superou as expectativas.
PODCAST II
Amanhã será veiculada a entrevista com o Diretor Comercial da Marquise Ambiental, Thiago Levi, empresa responsável pela coleta dos resíduos sólidos de Porto Velho e está no meio de uma contenda jurídica intrincada entre a Prefeitura Municipal e o Tribunal de Contas do Estado. Levi discorre sobre todo o processo iniciado ainda em 2013 que culminou com a suspensão administrativa do contrato de forma controversa uma vez que estão pendentes questionamentos judiciais.
PODCAST III
Alexandre Jésus, Procurador Geral do MP, Manoel Carlos Neri, presidente do Cofen, vereadora Sofia Andrade, Euma Tourinho, ex-candidata a prefeita da capital e Hiram Galo, presidente do CRM são as próximas personalidades entrevistadas por nosso Podcast Resenha Política. Assistam, valerá a pena ouvir cada um deles.
CURIOSIDADE
O curioso neste processo do lixo da capital, segundo o que revelou o Diretor da Marquise, é que a suspensão ocorreu a partir de uma intervenção de uma empresa supostamente interessada que ingressou na ação depois que todo procedimento licitatório havia se exaurido e o contrato homologado. E o mais curioso ainda é que esta empresa supostamente interessada no negócio não explora diretamente essa atividade comercial. Seu ramo é saneamento.
BARRADO
Um parlamentar rondoniense que compareceu ao ato de domingo passado na Avenida Paulista para reivindicar a votação da anistia aos defensores do golpe de 8 de janeiro e que depredaram os três poderes e atentaram contra o Estado Democrático de Direito, convocado por Jair Bolsonaro e pastor Silas Malafaia, revelou à coluna que o governador de Rondônia Marcos Rocha, presente ao protesto, foi impedido de subir no caminhão principal do evento onde se encontravam os governadores e o ex-presidente. Ao ser barrado, Rocha conseguiu apenas subir ao veículo quando todas as autoridades haviam saído, exceto o governador Tarcísio de Freitas que o aguardou para um registro de foto.
BARRADO II
No Instagram pessoal, Marcos Rocha postou uma fala apoiando o protesto no solo ao lado de pessoas anônimas que compareceram ao evento para aplaudir os oradores, em particular Bolsonaro. Como foi um protesto de cunho privado, não está claro se os gastos com o deslocamento do governador de Rondônia a São Paulo foram pagos com recursos próprios, uma vez que não havia audiência de interesse estadual em sua agenda na capital paulista no último final de semana que justifique os dispêndios públicos.
TRANSPARÊNCIA
Visitando o Portal da Transparência a coluna não conseguiu verificar se os gastos com o deslocamento e estadia de Marcos Rocha foram por conta do tesouro estadual, uma vez que despesas dessa natureza devem obrigatoriamente constar no transparência Brasil. Com a palavra o governador.
AUDIÊNCIA
Assisti pela internet a audiência pública convocada pelo Governo de Rondônia para discutir a concessão do saneamento básico a ser implantado pela iniciativa privada. Foi um fracasso total em razão do despreparo dos técnicos escalados pelo governo para tirar as dúvidas dos interessados. O que se viu foi um festival de incertezas porque os técnicos governamentais apresentaram uma proposta genérica sem apontar objetivamente o que o estado pretende fazer para o saneamento da companhia.
DEMISSÕES
Para piorar a situação, não apareceu na mesa para discussão a proposta governamental destinada aos empregados da Caerd, visto que dificilmente a iniciativa privada queira assumir a dívida trabalhista oriunda da concessão nem com os créditos devidos na praça com os credores da companhia. O que há é tão somente a intenção da privatização ou concessão, sem uma proposta concreta para a universalização do saneamento básico.
REAÇÕES
Outro ponto preponderante e que colaborou no fracasso do chamamento foi a inabilidade política do governo em dialogar com antecedência com os prefeitos e sindicalistas. Ambos segmentos reagiram com contundência contra o processo de concessão ou a privatização. Tais reações revelam que dificilmente o Governo de Rondônia consiga quebrar com facilidade as resistências à ideia.
INVESTIMENTOS
Nos municípios, a exemplo de Cacoal, que a empresa de água investe uma quantia considerável no saneamento e na expansão da água potável, as reações tendem a escalar politicamente alturas estridentes que inviabilizarão qualquer proposta que não venha a ressarcir os investimentos feitos e aqueles programados. Uma alternativa é sanear a Caerd e prepará-la para os investimentos, respeitando os direitos dos municípios nos rateios das rubricas que eventualmente ingressem com o saneamento da Caerd.
IMPLOSÃO
O tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump (USA) ao comércio mundial causou uma reviravolta nas relações comerciais entre os países e os impactos concretos ainda são imprevisíveis, embora analistas econômicos se apressem em prognósticos nem sempre confirmados. A única certeza no momento é que o multilateralismo e a diplomacia ingressaram numa crise sem precedentes e os organismos criados pós-guerra como instrumentos de negociações políticas e comerciais perderam suas utilidades, a exemplo da ONU e OMC. As reações as tarifas e ameaças americanas revelam que uma nova ordem econômica começa a dar sinais de tempos incertos.
