O deputado Coronel Chrisóstomo discursou no plenário da Câmara dos Deputados, na tarde desta segunda-feira (18), sobre os trabalhadores (mineradores) que exploram o ouro na região do Rio Madeira em Porto Velho (RO) e sobre a orientação do Ministério Público para retirar produtores que estão em áreas ambientais.
Em seu discurso, Chrisóstomo enfatizou que por diversas vezes órgãos ambientais e policiais, chegam ao local queimando as Dragas, equipamentos mecânicos destes profissionais, que tiram a terra e fazem a retirada do ouro.
De acordo com o parlamentar, não é necessário este tipo de ação. Segundo ele, defende o trabalho legal de exploração de ouro, seja no Rio Madeira ou em outra mina qualquer. “Eu defendo que faça apreensão dos equipamentos e não queime, até que o processo seja finalizado. Aquele cidadão tem um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões”.
O parlamentar ainda enfatiza que os órgãos de fiscalização acabam dando prejuízos monstruosos diante dessas pessoas, pois muitos não conseguem se reabilitar. “Os senhores estão cometendo um crime ambiental, pois todo combustível vai para dentro do rio. Deveriam apenas cumprir a sua missão. Pensem no povo, no emprego e renda, na riqueza do Brasil”.
Sobre a orientação do Ministério Público para retirar produtores que estão em áreas ambientais, o parlamentar sugeriu ao MP que reveja essa situação. “O povo de Rondônia, muitos deles chegaram há décadas, portanto, tirar essas pessoas que estão produzindo alimentos para o Brasil, para Rondônia, não é legal”.
De acordo com Chrisóstomo, essa reserva fiscalizada foi criada recentemente e esses trabalhadores já estavam produzindo alimentos.
O Ministério Público de Rondônia recomendou à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) na última sexta-feira, 15 de dezembro, que fosse feito um levantamento, análise e cancelamento dos Cadastros Ambientais Rurais (CAR) inseridos dentro de unidade de conservação em Porto Velho. A recomendação também indica que nas áreas em que há sobreposição parcial das unidades de conservação, os responsáveis devem ser chamados para regularizar a área cadastrada, sob pena de cancelamento do cadastro.