Esta semana, o site ‘A Crítica’ trouxe uma reportagem com o governador do Amazonas Wilson Lima [PL], destacando os problemas no estado amazonense, devido a seca. Não é de hoje que o Amazonas, detentor com o Pará, da maior parte da Floresta Amazônica, peca na proteção ambiental. Diversas pesquisas denunciam o estado como um dos [maiores desmatadores] da Amazônia Legal.

As palavras de ‘Lima’, no ‘A Crítica’ passam uma mensagem de [aproveitador da catástrofe] em benefício de outra. Agora, com a seca, mostrando o resultado das ações humanas, inclusive da falta dela pela própria população amazonense, o discurso do Amazonas é que, a Br [Trezentos e Dezenove] passaria a ser a única solução para tirar o estado da pobreza e do isolamento.

Sem seguir as recomendações dos órgãos ambientais brasileiros, a reconstrução da rodovia, contribuiria para criar um cenário de violência com o aumento da criminalidade. Rondônia, passaria a ser usada como uma nova rota do tráfico de drogas pelos traficantes do Amazonas. O desmatamento, nos arredores da pista federal elevaria as agressões ao meio ambiente. O Amazonas, hoje é refém das Orcrim, e vive em fogo cruzado com traficantes em plena floresta e em meio aos rios. É o Rio de Janeiro na Região Norte.
Além disso, Lima se coloca como afrontoso quando ameaça o governo de Luiz Inácio Lula da Silva [PT], “de que se nada for feito irá buscar a justiça”. Agora, vem a pergunta. O que o Amazonas fez nesses últimos quatro anos, para coibir os problemas causados pelos crimes ambientais?

Não só fez nada, como continua atuando com um discurso de ‘coitadinho’, de que é preciso avançar pela floresta para ‘desenvolver’ suas divisas. A fala do governador do Amazonas, emana a impressão de que o problema do estado’ [é culpa da Floresta Amazônica], ou seja, sem a floresta, sem as leis que protegem os biomas, o estado seria perfeito, caminhando e integrado ao desenvolvimento.
Ao que tudo indica, esse é o verbo propagado por um governo perdido nos seus planejamentos, nos devaneios do poder, que tanto corrói as administrações públicas brasileiras. De um governante que continua sendo auxiliado pela cartilha delinquente do bolsonarismo, que ajudou a propagar os delitos ambientais na Amazônia.