Por Waldir Costa
Na reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALE) da manhã da última terça-feira (16), muitas críticas aos membros do Conselho Regional de Saúde e de conselhos do interior, que participaram da Audiência Pública para construção do Hospital Regional de Ji-Paraná. O evento comandado pela deputada Cláudia de Jesus (PT), que preside a Comissão de Saúde da Alero,lotou o auditório do Ifro campus Ji-Paraná.
A audiência foi das mais concorridas e contou com deputados federais, a bancada estadual de Ji-Paraná, além de parlamentares de outras regiões, todos empenhados na construção do HR de Ji-Paraná, que teria condições de atender a 17 municípios da região central. A deputada Cláudia disse que debates como o que estava sendo realizados em Ji-Paraná "são fundamentais para poder atender a demanda de pacientes da região”, argumentou.
Imagem Rafael Oliveira
Sobre as participações dos conselheiros membros do Regional e de municípios da região, a deputada Cláudia alertou, que as entidades, “tem que rever seus membros”, pois no mínimo devem “ter ciência da realidade da saúde pública da população do Estado e dos seus municípios”, complementou.
O HR de Ji-Paraná é fundamental para a organização da saúde pública no estado. O município é o segundo maior e mais importante econômica e politicamente. "É difícil para o povo simples, humilde, que paga seus impostos como os demais, ficar sem um atendimento público na saúde e depender de deslocamentos para Porto Velho para uma assistência médica no mínimo eficiente. Como Ji-Paraná é uma região agrícola, que depende da produção, há casos de famílias que são obrigadas a venderem suas propriedades rurais, para poder dar um atendimento adequado a seus entes queridos, que estão enfermos. Nós, que recebemos um mandato temos que lutar em favor desse povo”, alertou a deputada Cláudia.
A terceirização da saúde também é um problema que precisa ser mais bem analisado. “Quando o contrato de gestão termina, aparecem os problemas, sempre maiores que antes”, completou a deputada. Para a parlamentar, a terceirização, não resolve os problemas, mas agrava no futuro. "Apesar de a audiência não ter resultado imediato, o compromisso do município de Ji-Paraná em doar o terreno para construção do Hospital Regional é importante, assim como o compromisso do secretário de estado da Saúde, Jefferson Rocha em elaborar um estudo de viabilidade técnica em 90 dias, já é um alento e mais um passo à frente”, concluiu a deputada Cláudia de Jesus.
O membro da Comissão de Saúde, deputado Pedro Fernandes (PTB), que foi prefeito de Cujubim, disse que em certas situações é necessário terceirizar. Citou a situação do Hospital Regional de Ariquemes, que estava com recursos disponíveis, não foi construído, e o dinheiro devolvido para o governo federal.
A situação do Mato Grosso é bem diferente de Rondônia, segundo o deputado Cássio Gois (PSD), que visitou recentemente no vizinho estado. De acordo com ele estão em fase de construção, pelo governo do estado, seis hospitais regionais. “Será que o Conselho de Saúde do Mato Grosso é contrário a construção dos hospitais regionais?”, questionou.
As deputadas Taíssa Sousa (PSC) e Ieda Chaves (União Brasil) elogiaram a audiência pública de Ji-Paraná e o trabalho da colega deputada Cláudia de Jesus. “Foi um evento excepcional e com participação efetiva da população”, ponderou a deputada Taíssa.
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