Para quem é conhecedor do mundo político sabe que a figura de um “vice” é algo meramente ilustrativa. Quanto mais escondida melhor para quem de verdade manda. Mas quando o vice resolve sair dos escombros é um sinal de quer algo mais. No Acre, o governador Gladson Cameli (PP) vem enfrentando esse digamos contratempo com o seu vice, Wherles Fernandes da Rocha, mas conhecido como Major Rocha, bacharel em Direito e Policial Militar reformado.
Na quarta-feira, (30), enquanto Gladson cumpria agenda na região de Brasiléia, Major Rocha resolveu fazer as malas, fechar o gabinete em que ele atendia na Avenida Ceará, no Centro de Rio Branco, mas antes de sair mandou que pregasse na fachada do local a seguinte mensagem: "fechado por perseguição política após denunciar casos de corrupção no governo do Estado do Acre".
Como vice, Major Rocha conta para os seus serviços pessoais, um chefe de gabinete, e outros três comissionados. Os cargos ligados a ele, como os seguranças, foram desligados depois que o oficial resolveu se tornar fazer oposição de forma explicita ao governo de Cameli.
Gladon Cameli, é o segundo da família Cameli depois do tio Orleir Cameli, morto em 2013 vítima de câncer, a governar o Estado do Acre. Analistas de política no Acre, afirmam que Gladson não suporta esse tipo de gente, e não mede esforços para se ver longe deles.