Em enquete realizada pelo Senado com mais de 1 milhão e 209 mil participantes, mostra essa divisão. Bolsonaro colocou em xeque-mate às urnas. A oposição e ministros do STF e do TSE alegam que são confiáveis. O Brasil é o único país a não ter voto impresso numa urna eletrônica. A Câmara dos Deputados está com uma PEC do voto impresso. Por um placar apertadíssimo (51,02%), a enquete em forma de Consulta que está sendo realizada pelo Senado Federal, o NÃO está vencendo para que não se adote voto impresso com 635 mil votantes contra 601 mil votantes que apoiam o voto impresso.
Após 25 anos do nascimento das urnas eletrônicas nas eleições brasileiras, o país está dividido quanto ao voto a ser impresso nas urnas nas eleições do ano que vem. Em enquete realizada pelo Senado com mais de 1 milhão e 209 mil participantes, mostra essa divisão. Bolsonaro colocou em xeque-mate às urnas. A oposição e ministros do STF e do TSE alegam que são confiáveis. O Brasil é o único país a não ter voto impresso numa urna eletrônica. A Câmara dos Deputados está com uma PEC do voto impresso.
Era 18 de maio de 1996 quando a primeira urna eletrônica foi apresentada ao Brasil por meio dos telejornais e jornais impressos. Naquele ano, há 25 anos, as urnas eletrônicas foram utilizadas nas eleições municipais.
Foram 57 cidades com o equipamento pra 200 mil eleitores, e desde já pra votar em branco tinha tecla, mas pro nulo precisava colocar números que não eram de nenhum candidato. Esse modelo de 96 era fabricado pela OMNITECH e tinha uma impressora acoplada que imprimia o voto, depois depositado em uma urna de plástico. Isso foi abolido em 98, voltou em 2002 e foi substituído em 2004 por um registro digital.
Após o Presidente Jair Bolsonaro colocar dúvidas quanto à veracidade dos votos nas urnas eletrônicas, iniciou-se uma movimentação para que as urnas tenham uma espécie de recibo do voto (auditável). Uma enquete está sendo realizada pelo Senado para conhecer a opinião dos brasileiros quanto ao voto impresso em 100% das urnas eletrônicas.
Brasil é o único país que utiliza urnas eletrônicas sem voto impresso.
Além de usar equipamentos anacrônicos, de 1ª geração, o Brasil é o único País do mundo a não adotar o voto impresso, entre os que têm sistema eletrônico de votação.
Hoje, três dezenas de países adotaram diversas versões de urna eletrônica, todas com voto impresso. Enquanto isso, a urna brasileira perde espaço.
Após acusações de Bolsonaro, TSE lança campanha em defesa das urnas eletrônicas.
ConJur – Campanha do TSE desmente campanha de Bolsonaro contra urna
Em coletiva para lançar a campanha do TSE, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o Brasil vive uma crise financeira sem precedentes e registra recordes de mortes devido à Covid-19 e que essa não deveria ser a preocupação prioritária de qualquer governante neste momento.
O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral também fez uma analogia com os Estados Unidos e afirmou que as mesmas pessoas que pedem voto impresso no Brasil defenderam o ex-presidente Donald Trump e acusaram os americanos de fraudarem as eleições americanas do ano passado.
"É um discurso político. Nos Estados Unidos havia voto impresso e boa parte das pessoas que defende isso no Brasil afirmou que houve fraude nas eleições americanas. Portanto, ficaríamos no mesmo lugar", disse.
Bolsonaristas fazem ato em Brasília pedindo voto impresso | Poder360
Câmara instala comissão sobre PEC do voto impresso, que STF já julgou inconstitucional.
Mais um passo: Câmara dos Deputados instala comissão para analisar voto impresso auditável | | MatoGrossoAoVivo
Proposta de Emenda à Constituição não acaba com a urna eletrônica, mas prevê que votos sejam impressos em eleições, plebiscitos e referendos.
A Câmara dos Deputados instalou na última quinta-feira (13) uma comissão especial para analisar um projeto que quer tornar o voto impresso obrigatório no país.
De autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), a PEC 135/19 não estabelece que o voto seja feito em cédulas de papel, mas propõe que uma cédula seja impressa após a votação eletrônica, de modo que o eleitor possa conferir o voto antes que ele seja depositado, de forma automática e sem contato manual, numa urna trancada para auditoria. Portanto, a proposta não visa a eliminação da urna eletrônica por completo.
Bia Kicis: PEC quer voto impresso auditável e não cédula de papel
O texto diz que "no processo de votação e apuração das eleições, dos plebiscitos e dos referendos, independentemente do meio empregado para o registro do voto, é obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria".
A PEC não acaba com a urna eletrônica — apenas obriga a impressão do voto, que será checado pelo eleitor em uma tela antes de ser depositado na urna. O eleitor também não terá contato físico com o papel.
Vice-presidente da Câmara defende urna eletrônica: "Parece medo de perder".
O deputado Marcelo Ramos (PL), primeiro-vice-presidente da Câmara, disse a O Antagonista ser contra a discussão do voto impresso, que vai começar nesta terça-feira.
"Nunca houve nenhum indício minimamente consistente de fraude em urna eletrônica. O povo brasileiro confia no seu sistema eleitoral. Além do mais, as urnas já têm seus sistemas auditados pelos partidos."
Sem se referir nominalmente aos apoiadores de Jair Bolsonaro — que são os principais defensores dessa bandeira–, o deputado acabou os provocando.
Minha humilde opinião… .
O esforço do atual presidente do TSE em defender algo que a maioria dos brasileiros julga temerário, é algo inusitado. Espera-se que o órgão máximo da Justiça Eleitoral busque de todas as formas melhorar a qualidade e a confiabilidade dos mecanismos utilizados nas eleições. Não vejo razão plausível para combater a possibilidade de auditar os votos depositados nas urnas eletrônicas.
A narrativa de que busca economizar, é, no mínimo, hilária em se tratando de um Tribunal que gasta milhões em uma campanha cujo "garoto propaganda" é o próprio ministro que adora aparecer e que consome 2,1 bilhões por ano para prestar um serviço, digamos, pífio e, a meu ver, totalmente desnecessário. Que o Ministro Barroso abandone essa postura ridícula de defender o que a esmagadora maioria do eleitor brasileiro desconfia.