A deputada federal Silvia Cristina (PDT) informou que na quarta-feira (23) foi realizada uma Audiência Pública na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) para tratar sobre o Diagnóstico de Câncer com Cera de Ouvido, que está sendo tema de estudo. Como presidente da Frente Parlamentar de Luta Contra o Câncer e membro da Comissão, a deputada convidou os professores e pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), Dr. Nelson Antoniosi e Dra. Melissa Avelino para o evento. "A pesquisa inédita identifica o câncer em até cinco horas a partir do cerúmen, conhecido como cera de ouvido", disse a deputada.
De acordo com os pesquisadores do Laboratório de Métodos de Extração e Separação (Lanes) do Instituto de Química da UFG, eles conseguiram descobrir se 102 indivíduos estavam doentes ou saudáveis através de amostras de cerúmen, sendo detectados três tipos de doença: o carcinoma (tumor maligno), linfoma (atinge o sistema linfático) e leucemia (afeta o sangue). "A análise permitiu traçar um perfil do metabolismo de cada pessoa, possibilitando o diagnóstico de câncer. Quando nós analisamos as amostras de cerume conseguimos identificar 158 substâncias, das quais 27 são biomarcadores que indicam a presença do câncer. Até agora, o método funcionou 100%. Não tivemos nenhum falso negativo ou positivo", afirmou Dr. Nelson Antoniosi.
Os pesquisadores disseram que o próximo passo é ver como a doença progride, acompanhando os indivíduos com câncer e aplicando o exame da cera de ouvido, que pode ser uma alternativa para pesquisar a cura do problema.
"Uma proposta que temos é, com as substâncias que identificamos na cera, descobrir alguma rota bioquímica das células cancerígenas que possa ser bloqueada. Nesse caso já falamos em tratamento e uma possível cura", comentou o pesquisador.
A finalidade da Audiência Pública é valorizar a pesquisa, que está sendo feita no Brasil. "Foi muito proveitosa e queremos fazer políticas pública para valorizar a pesquisa, visando que este exame chegue no protocolo da saúde rapidamente para que brevemente seja oferecido e tenhamos o diagnóstico de câncer em fase inicial", informou Silvia Cristina. Com informações da Galileu.