Extremamente bombardeado pela opinião pública por ajudar a sepultar a “CPI Lava Toga” na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o senador Marcos Rogério (DEM) resolveu por um fim no assunto publicou em sua rede social uma nota de esclarecimento elencando 10 itens que considerou divisor de águas para ir de encontro com os votos dos 17 que optaram por arquivar o pedido.
O esclarecimento forçado do senador da República ocorreu dias depois de virar alvo de infinitos protestos e comentários ásperos sobre seu posicionamento na CCJ que julgou o pedido para a abertura da CPI que objetiva apurar “condutas ímprobas, desvios operacionais e violações éticas por parte de membros do Supremo Tribunal Federal e de Tribunais Superiores do país”.
O colegiado acatou o relatório do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que recomendou não levar adiante a criação da comissão.
No dia 10, Rogério os senadores José Maranhão (MDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Rose de Freitas (Podemos-ES), Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), Weverton (PDT-MA), Humberto Costa (PT-PE), Rogério Carvalho (PT-SE), Otto Alencar (PSD-BA), Arolde de Oliveira (PSD-RJ), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), Renan Calheiros (MDB-AL), Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Marcio Bittar (MDB-AC), José Serra (PSDB-SP), Roberto Rocha (PSDB-MA), Paulo Rocha (PT-PA) e Nelsinho Trad (PSD-MS).
“O STF deve ser investigado? SIM! Mas isso precisa ser feito da forma correta, respeitando a nossa Constituição. Não podemos em hipótese alguma extrapolar os limites da lei, ainda que na melhor das intenções, para fazer aquilo que achamos correto! Buscamos justiça e não vingança!”, justificou Rogério.
O Senador rondoniense escreveu que “do ponto de vista político comungo com a insatisfação de grande parte do povo brasileiro com o desempenho do Poder Judiciário” e completou “contudo, o critério utilizado pela Comissão de Constituição e Justiça é técnico-jurídico e o requerimento da CPI não apresentou fato determinado, como exige a Constituição Federal, mas sim a pretensão de discutir o mérito de decisões judiciais”.
Votaram pela instalação da comissão os senadores Esperidião Amin (PP-SC), Oriovisto Guimarães (PODE-PR), Juíza Selma (PSL-MT), Alessandro Vieira (PPS-SE), Fabiano Contarato (Rede-ES), Jorginho Mello (PR-SC) e Jorge Kajuru (PSB-GO).