O senador Confúcio Moura (MDB) reclamou em seu blog que a Lei 10.517 de Julho de 2002 nunca foi cumprida pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN). O dispositivo foi apresentado quando ele era deputado federal ainda no Governo Fernando Henrique Cardoso. Moura também fez questão de dizer em sua “reflexão dominical” que o Jerico precisa ser legalizado.
“A lei nunca foi cumprida, por causa da falta de regulamentação pelo Denatran. Coisa horrorosa. Lobby mesmo. Só pode ser. Como se diz “coisas ocultas”. A minha lei dá legalidade ao uso de “semirreboques” por motonetas e motocicletas, desde que ajustados eixos de sustentação para o trabalho nas cidades e no campo: mercadoria, entregas rápidas, pequenas cargas, ferramentas, botijão de gás, estas coisas todas. Não. Denatran sentou em cima e nada”, reclamou Moura.
Segundo Confúcio, a rejeição por parte do órgão “prejudicou muito a empresários do ramo. Que são donos de oficinas. Gente criativa. Que poderia crescer. E nada. No entanto, a coisa funciona na ilegalidade. Em toda cidade se vê as motos puxando “carrinhos” pra cima e pra baixo. Como se diz – lei para pobre é de lascar. Se fosse para beneficiar banco que reboca o cartão de crédito e o cheque especial com juros nas alturas, isto não foi e não seria problema. Porque está tudo aprovado. Coisa do diabo mesmo”.
Por fim, Moura resolveu fazer uma comparação com sua lei já aprovada e da “legalidade” do Jerico. Ao comparar, o senador também critica a falta de regulamentação da corrida mais famosa do estado.
“Tem coisa que não tem “legalidade”. Mas, termina que o povo dá a legalidade, por si próprio. Um exemplo deste é o JERICO. Um veículo feito oficinas simples, quase fundo de quintal, na cidade de Alto Paraíso (RO) e noutros lugares também. Compra-se o chassis no ferro velho, eixos e rodas, alonga um pouco aqui e ali. Compra um motor estacionário, a manivela, ou corda para impulso para ligar o motor, a diesel e sai o JERICO pronto. Tem na cidade todo ano a Festa do Jerico. Baixa velocidade. Um barulho do motor bem característico. Serve pra tudo. Roda na rua. Puxa madeira, boi, milho, gente, mercadoria, o “jerico” é um faz tudo. Foi feito um acordo municipal de livre circulação deles. E ninguém mexe. É a lei dos costumes”, concluiu.
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