Essas foram algumas respostas do governador eleito Marcos Rocha (PSL) às declarações do governador Daniel Pereira (PSB) que detalhou hoje (12) os problemas que a próxima gestão terá que enfrentar ao assumir a cadeira maior do Palácio Madeira. Em coletiva à imprensa, Rocha preferiu manter em sigilo como resolverá as demandas e sobre os secretários bem como o número de secretarias do seu futuro governo.
Na ocasião, Daniel alertou Marcos sobre algumas áreas tidas como preocupantes e dos problemas que ainda não foram sanados como dívidas e até problemas de gestão em órgãos públicos.
Entre os desafios para o Governo Marcos Rocha, Daniel citou a falta de reserva financeira para o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Rondônia (IPERON); Empréstimo ainda não pago junto ao BNBS (dinheiro usado para obras em rodovias e vias paralelas); Precatórios (Dívidas públicas via processos judiciais) no valor de R$ 1 bilhão de reais que devem ser pagos até 2024; Dívida não quitada do Estado adquirida em 1998 por parte do Banco do Estado de Rondônia; Dívidas não contabilizadas da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (CAERD) bem como o processo de Concessão Pública junto aos municípios que pedem sua administração e a Continuação de obras financiadas pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e que tiveram contrapartida do Governo estadual.
“Nós passamos esses últimos dias bastante preocupados, desde o momento que terminou as eleições. Nosso o objetivo era montar uma equipe de transição. Uma equipe que vai levantar todos os problemas e suas achar soluções. Temos várias soluções, mais enfrentaremos com dedicação e esmero”, ressaltou.
Questionado sobre como pretende resolver os problemas citados pelo atual gestor, Rocha limitou a enaltecer sua equipe de transição e enfatizou que o governo tem mantido a palavra em fazer do ato uma ação transparente e acessível.
“A equipe de transição é multidisciplinar. Nós temos uma gama de pessoas habilitadas para ver as condições do estado. Não existe pressão para esconder os problemas do estado, a vontade que a coisa passe da melhor forma possível, o Estado não vive pra si e sim para responder os anseios da população. Em relação em a Caed, Ceron, BNDS, vamos tratar com pessoas habilitadas para ter solução. Repito que a equipe de transição são pessoas técnicas e não significa que são serão meus secretários”.
Rocha também foi questionado sobre o número de secretarias e de comissionados. Em suma, a ideia do governador eleito é enxugar a máquina pública por diminuir as secretarias e os comissionados. Ele pregou ainda que essa será uma tendência local e nacional.
“A gente precisa enxugar o estado. Nós precisamos resumir o tamanho do estado, das suas secretarias. Se temos dívidas, precisamos pagá-las. Não sabemos ainda quantas secretarias vão ser enxugadas. Nós vamos voltar aqui e ver isso depois (…) Sobre os comissionados, pertencemos a um partido que não coligou com nenhum outro partido. Estamos tranquilos. Fomos eleitos com números expressivos, sem nenhum tipo de troca de favores, nós vamos reduzir os cargos comissionados. Não tivemos estruturas, praticamente sem nada. Então não devemos nada a ninguém, ou seja, vamos diminuir o número de comissionados”, ressaltou.
Por fim, Rocha disse que participará de reuniões com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) nos próximos dias.