Em coletiva à imprensa realizada hoje (12), o governador Daniel Pereira (PSB) e o governador eleito Marcos Rocha (PSL) acompanhado do vice-governador eleito, Zé Jodan (PSL) falaram sobre o processo de transição entre governos e responderam questionamentos sobre como isso vem ocorrendo. Na ocasião, o anfitrião do Palácio Madeira enumerou os problemas que o Governo Confúcio Moura, do MDB, não conseguiu resolver bem como dos desafios para os próximos gestores.
Inicialmente, Daniel Pereira ressaltou que deseja fazer um processo de transição transparente e fez um balanço das ações positivas realizadas pela gestão tampão e do ex-governador Confúcio. A ideia, segundo Daniel, é previr Marcos Rocha sobre possíveis problemas que devem ocorrer caso não sejam sanados no futuro próximo.
“Montamos uma estrutura e lógica para fazer uma transição transparente para ficar na história de Rondônia. Minha grande preocupação como governador é fazer uma transição em tudo que está de bom, são muitas coisas, faço questão de discutir os problemas. Não quero que ele seja surpreendido, a partir do momento em que ele tomar posse, que não tenha dor de cabeça, ou que coloque em risco o bom desempenho de governo. Da minha parte, não quero fazer uma transição para mascarar as coisas. Nós temos muitas coisas bonitas para mostrar, mas o que quero mostrar são os problemas que podem impactar o governo dele”, disse.
Em determinado momento da coletiva, o atual executivo enalteceu o seu próprio trabalho. Gabou-se em dizer que foi um “bombeiro” que apagou sete grandes incêndios nos últimos meses após ser aclamado governador do estado.
“A partir do momento que assumimos o governo, acabei por ser o maior corpo de bombeiro, o cara que mais apagou incêndio, nesses sete meses de governo, foi eu. Primeiro pela questão dos retornos dos policiais militares que estavam pela união, tivemos a greve dos caminhoneiros, uma greve estúpida que não trouxe benefício para ninguém, até Rondônia perdeu R$ 100 milhões de reais em recursos. Tivemos que enfrentar a dívida do estado que estava suspensa. Por isso, posso dizer que o maior corpo de bombeiro fui eu. Em sete meses, apaguei sete grandes incêndios”, comentou.
Por fim, Daniel Pereira relacionou os problemas de gestão que devem ser solucionados nos próximos anos e frisou que mesmo com dívidas, Rondônia é um dos poucos estados que tem recursos para fazer investimentos. “Cada governador tem que deixar sua contribuição ao governo. Posso dizer que cada governador de Rondônia deixou a sua. Tenho fé que em dez anos, o estado de Rondônia será o melhor estado do Brasil”, finalizou Pereira.
Falta de reserva financeira para o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Rondônia (IPERON);
Empréstimo ainda não pago junto ao BNBS (dinheiro usado para obras em rodovias e vias paralelas);
Precatórios (Dívidas públicas via processos judiciais) no valor de R$ 1 bilhão de reais que devem ser pagos até 2024;
Dívida não quitada do Estado adquirida em 1998 por parte do Banco do Estado de Rondônia;
Dívidas não contabilizadas da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (CAERD) bem como o processo de Concessão Pública junto aos municípios que pedem sua administração;
Continuação de obras financiadas pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal e que tiveram contrapartida do Governo estadual.