Após uma hora de concentração de militantes e apoiadores, teve início em Ceilândia o ato de apoio ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, programada para as 9h desta quarta-feira (5/9). Ao chegar, o presidenciável foi saudado por entusiastas, nos braços dos participantes do ato de campanha. Por volta de 10h45, após muito tumulto e desorganização, o comboio começou a sair de Ceilândia Norte, próximo ao Sesc, em direção a Taguatinga.
Apoiadores do candidato aproveitaram o tempo da concentração para promover um adesivaço em carros e motos. A empolgação dos militantes atrasou o início da carreata. Uma locutora chegou a brigar, por meio do sistema de som, com os apoiadores que se recusavam a descer do trio elétrico que carrega o candidato do PSL. Alguns presentes ao ato, mais exaltados, hostilizaram a imprensa, o que levou a organização da carreata a repreender os militantes, pedindo mais “educação”.
Em sua fala inicial, Bolsonaro também defendeu o que considera ser o direito do povo a se armar e fez críticas ao PT. “O Brasil não suporta mais outro ciclo de PT ou PSDB. Vamos varrer a cúpula desses partidos para a lata de lixo da história”, disse. “Vamos fazer respeitar o referendo de 2005, onde o povo optou por comprar arma de fogo”, completou. O presidenciável está acompanhado de aliados políticos, como o próprio filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o deputado Delegado Franscischini (PSL-PR). Fadi Faraj, candidato ao Senado pelo PRP, também está presente à carreata desta quarta.
Bolsonaro também aproveitou para promover a candidatura ao Palácio do Buriti de Paulo Chagas (PRP), participante do evento. “Vamos ter, se Deus quiser, um governador que ame sua pátria, respeite
seu povo, para que tenhamos dias melhores para o Brasil”, afirmou o presidenciável do alto de um dos carros de som. O deputado candidato procurou demonstrar uma ligação afetiva com a região. Enquanto discursava, Bolsonaro arremessou do alto do carro de som o boneco inflável que faz referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderança do PT preso em Curitiba.
A minha esposa é da Ceilândia. Vamos ter uma primeira dama da Ceilândia ou não vamos?”, disse o Presidenciável pelo PSL ao iniciar a carreata puxada por três carros de som, seguidos ainda por outros veículos. “Falta escolhermos quem tem competência e responsabilidade para comandar esse país. Sou um patinho feio nessa história, mas, juntos com o povo brasileiro, seremos bonitos no futuro”, completou o candidato.
Apoiadores chegaram cedo
Um dos apoiadores da candidatura de Bolsonaro aproveita o ato de campanha para vender camisas com a estampa do presidenciável. A unidade custa R$ 35, enquanto duas saem ao preço promocional de R$ 60. O entusiasta do presidenciável relatou ter vendido 70 peças.
A dentista Marli Carvalho, de 44 anos, moradora de Sobradinho, disse ter saído de casa às 6h com destino à Ceilândia, para acompanhar a carreata. “Se queremos mudança, precisamos apoiar e ir pra rua. O povo tá cansado do mesmo. A minha família vai apoiar o Bolsonaro, pois consideramos que ele é o melhor para o Brasil”, disse.
Já Edilson Rodrigues de Oliveira, de 52 anos, é policial civil morador do Gama. “Conheço particurlamente o general Paulo Chagas e vim prestigiar ele e o Bolsonaro. Devido a minha profissão, eu me identifico com as propostas de campanhas dos dois candidatos. Vou junto até a vitória”, disse.
Conforme mostrou o Metrópoles, a carreata promovida pelo presidenciável do PSL percorre redutos eleitorais que renderam vitória à adversária Marina Silva na disputa de 2014. Bolsonaro participa do ato
acompanhado do general Paulo Chagas (PRP).