A Polícia Federal confirmou neste sábado (27) o cumprimento de dez mandados de prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica, contra condenados envolvidos na trama golpista que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. A decisão foi expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após a tentativa de fuga do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques.
Entre os presos está Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, condenado a 21 anos, sendo 18 anos e 6 meses em regime fechado, além de multa. A prisão aconteceu em Ponta Grossa (PR). Segundo o advogado de Martins, Jeffrey Chiquini, a medida seria “abusiva” e não atenderia requisitos legais, alegando inexistência de risco de fuga e afirmando que “a Constituição proíbe punir alguém por atos de terceiros”.
As prisões estão sendo cumpridas também no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Tocantins e Distrito Federal, em parte com apoio do Exército. Além da detenção, o STF impôs medidas cautelares: proibição de redes sociais, entrega de passaportes, suspensão do porte de arma, restrição de visitas e proibição de contato com outros investigados.
Martins e Vasques fazem parte do chamado Núcleo 2 da trama golpista. Vasques, condenado a 24 anos e 6 meses, teve prisão preventiva decretada após romper a tornozeleira e tentar fugir para o Paraguai, sendo detido ao tentar embarcar para El Salvador. Ele foi entregue pelas autoridades paraguaias na Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, e deve ser levado para Brasília.
O episódio reforça o endurecimento das decisões judiciais contra os envolvidos na tentativa de subverter o processo democrático, ampliando o impacto legal das sentenças da trama golpista.











































