Ao menos 35 pessoas suspeitas de envolvimento com o crime organizado na Bahia foram detidas na manhã desta terça-feira, dia 4 de novembro. A ação foi realizada pela Polícia Civil contra a facção criminosa Comando Vermelho (CV) no estado. Denominada Operação Freedom, a iniciativa busca desarticular o núcleo armado e financeiro da facção.
A operação contou com o apoio da Polícia Militar da Bahia, da Polícia Civil do Ceará e da Polícia Federal (PF). Mandados judiciais estão sendo cumpridos em Salvador, Ilhéus e Aratuípe, na Bahia, além da cidade de Eusébio, no Ceará. A Justiça também autorizou o bloqueio de 51 contas bancárias ligadas aos investigados.
Casal suspeito de liderança foi preso no Ceará
Entre os detidos nesta manhã, está um casal suspeito de liderar as ações da facção criminosa em Salvador. O homem, baiano e com identidade não confirmada, é apontado como o responsável por organizar o tráfico de drogas e os ataques a grupos rivais. Sua companheira é suspeita de organizar as finanças da organização. Os dois foram presos na cidade de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza (CE).
A Secretaria da Segurança Pública da Bahia informou que um homem foi morto ao reagir à ação policial na capital. O indivíduo, que não estava entre os alvos dos mais de 90 mandados judiciais, tinha antecedentes criminais e reagiu a tiros quando os agentes tentaram deter parte dos investigados localizados no bairro Uruguai, na Cidade Baixa.
Apuração de 30 assassinatos e expansão do CV
De acordo com a secretaria estadual, a Operação Freedom é resultado de uma investigação iniciada em 2022. A apuração indicou que os principais investigados são suspeitos de participação em, pelo menos, 30 assassinatos ocorridos em Salvador. Eles também são suspeitos de atuar na expansão do Comando Vermelho para diversas cidades da Bahia. A notícia é de Alex Rodrigues, repórter da Agência Brasil.
A ação na Bahia ocorre uma semana após a Operação Contenção, deflagrada no Rio de Janeiro contra o mesmo Comando Vermelho. Essa operação fluminense resultou em 121 mortes e foi classificada como “desastrosa” pela Anistia Internacional. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por sua vez, avaliou a ação como um “sucesso”.









































