Uma secretária de 40 anos fez uma grave denúncia contra o atendimento médico prestado à sua filha, uma pré-adolescente de 12 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Vilhena (RO).
A mãe procurou a UPA no dia 22 de outubro, pois a menina chegou à unidade chorando e relatando dor intensa e a sensação de ter um bicho dentro do ouvido, que estava visivelmente inflamado.
A denunciante relata que, após examinar a menina, o médico de plantão teria afirmado que “não há nada de inseto ou qualquer outra coisa no ouvido”. Em seguida, ele prescreveu Amoxilina 500 mg e Ibuprofeno, liberando a paciente sem solicitar exames complementares ou encaminhamento especializado.
Nos dias seguintes, o quadro da pré-adolescente piorou, apresentando febre alta, dor intensa e mau cheiro no ouvido. Diante disso, a família agendou uma consulta com um médico otorrinolaringologista, que constatou que havia, de fato, um inseto vivo dentro do ouvido da paciente, o qual não havia sido identificado no atendimento da UPA.
A mãe avalia que houve negligência e falta de cuidado no atendimento da UPA. “A dor e o sofrimento da pré-adolescente poderiam ter sido evitados se houvesse atenção adequada e avaliação criteriosa por parte do profissional responsável”, declarou a denunciante.
As acusações foram encaminhadas ao Grupo Chavantes, responsável pela gestão da UPA. Em nota de esclarecimento, a empresa lamentou o sofrimento da paciente, mas negou negligência.
O Grupo Chavantes afirmou que a paciente foi atendida na sala vermelha, e o médico realizou exame otoscópico. Segundo o prontuário, foi constatada grande quantidade de cerume escuro, membrana timpânica abaulada e sinais inflamatórios.
Leia abaixo o trecho da nota do Grupo Chavantes:
O canal auditivo apresentava inchaço e obstrução, o que dificultou a visualização total da cavidade — especialmente por se tratar de cerume espesso e de coloração escura. Forçar o canal naquele momento poderia agravar o quadro clínico da paciente. Diante dos achados, não foi possível identificar corpo estranho visível. A conduta adotada foi prescrever antibiótico, anti-inflamatório e analgésico, tanto para tratar o quadro infeccioso compatível com otite média aguda quanto de forma profilática.
A empresa sugere que a infecção pode ter diminuído com o uso do antibiótico, desinchando o canal e permitindo que o especialista identificasse o corpo estranho dias depois. O Grupo Chavantes reiterou que não há indício de negligência, mas informou que será aberta uma sindicância para apurar os fatos.
 
         
         
         
         








































