Uma van levou seis corpos de moradores do Complexo do Alemão ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na noite desta terça-feira (28). Os corpos foram localizados em uma área de mata no Alemão e ainda não foram contabilizados como vítimas da Operação Contenção.
Se for confirmado que essas mortes foram causadas durante o confronto com as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, o número de mortos na operação sobe para 66. Este saldo representaria a maior letalidade em operações policiais na história do estado.
O Hospital Getúlio Vargas recebeu todos os mortos e feridos devido à sua proximidade com os complexos da Penha e do Alemão. À noite, moradores iniciaram um protesto na entrada do hospital, alegando que outros corpos haviam sido deixados na área de mata. Em seguida, a Polícia Militar (PM) reforçou o policiamento no local.
Balanço da operação indica prisões, apreensões e morte de policiais
A Operação Contenção foi realizada pelas polícias Civil e Militar na noite da terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha contra o crime organizado. O balanço final divulgado indica a prisão de 81 criminosos, incluindo um dos líderes conhecido como ‘Belão’.
A ação resultou na apreensão de 93 fuzis, além de pistolas, granadas e mais de 500 quilos de entorpecentes. Infelizmente, a operação também resultou na morte de quatro policiais: dois civis e dois militares do Bope, a tropa de elite da PM.
O secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, defendeu a atuação policial, ressaltando que a ação foi fruto de inteligência e planejamento cuidadoso para garantir resultados efetivos. O secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes, destacou a grande quantidade de fuzis retirados de circulação, classificando-as como “armas de guerra”.
Governador solicita transferência de lideranças criminosas
A Secretaria de Administração Penitenciária reforçou a vistoria nos presídios que abrigam lideranças do Comando Vermelho, apreendendo celulares e drogas. A secretaria também monitora 30 presos que violaram o sistema de tornozeleira eletrônica na região da operação; a Vara de Execuções Penais expedirá mandados de prisão.
Após receber um relatório de Inteligência, o governador Cláudio Castro solicitou ao governo federal dez vagas para a transferência imediata de líderes criminosos para presídios federais de segurança máxima.
“O Rio de Janeiro não vai tolerar conivência nem complacência com o crime”, afirmou o governador.
A operação mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares, com a participação do Ministério Público estadual. Seu objetivo era cumprir mandados de prisão e conter a expansão territorial da facção criminosa Comando Vermelho, em uma área que reúne 26 comunidades e vivem mais de 200 mil pessoas.










































