O Rio de Janeiro enfrenta a maior operação policial dos últimos 15 anos, que mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares nos complexos do Alemão e da Penha, com o objetivo de capturar líderes criminosos e conter a expansão do Comando Vermelho.
Até o momento, 64 pessoas foram mortas e 81 presas. A operação supera a chacina do Jacarezinho, em 2021, que resultou em 28 mortes, tornando-se a mais letal da história recente do estado. Foram apreendidos 72 fuzis e uma grande quantidade de drogas ainda está em contabilização.
Segundo o governador Cláudio Castro, a ação é resultado de mais de um ano de investigação e 60 dias de planejamento, cumprindo centenas de mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pela Justiça a partir de inquéritos da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
“Estamos atuando com força máxima e de forma integrada para deixar claro que quem exerce o poder é o Estado. Os verdadeiros donos desses territórios são os cidadãos de bem, trabalhadores. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado. O que estamos enfrentando não é mais crime comum, é narcoterrorismo”, afirmou Castro, destacando que os criminosos utilizam drones, bombas e armamentos pesados.
O município do Rio entrou em estágio 2 de atenção, considerado de risco de alto impacto. Diversas vias próximas aos complexos do Alemão, Penha, Chapadão, São Francisco Xavier, Jacarepaguá e Taquara passaram por interdições temporárias, e mais de 100 linhas de transporte público tiveram itinerários alterados.
A operação também evidencia a expansão territorial do Comando Vermelho, que passou a controlar 51,9% das áreas dominadas por criminosos na região metropolitana, segundo pesquisa do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (GENI/UFF) e do Instituto Fogo Cruzado. O levantamento mostra que a facção retomou 242 km² que haviam sido perdidos para as milícias em 2021.









































