Uma casa tradicional do povo Enawenê-nawê foi atingida por um incêndio na tarde do último domingo, 26, em uma reserva indígena entre Juína (MT) e Vilhena (RO). A comunidade, que abriga cerca de 1.700 indígenas, mobilizou-se rapidamente para evitar que o fogo se alastrasse pela estrutura de palha e madeira.
Uma mulher sofreu queimaduras na mão enquanto tentava conter as chamas. O esforço coletivo da comunidade conseguiu controlar o incêndio, que queimou apenas parte da residência, conforme confirmado pela ONG indigenista Operação Amazônia Nativa (OPAN).
A origem do incêndio em aldeia indígena ainda não é conclusiva. Uma testemunha que mora no local relatou que o fogo começou após uma explosão, quando uma mulher cozinhava próxima a um galão de gasolina.
No entanto, o morador e influenciador indígena Manax Enawenê, em entrevista a um jornal, afirmou que a causa é desconhecida.
“Não sabemos ao certo o que causou o incêndio. Pode ter sido um acidente, mas também há suspeita de ação intencional. Foi desesperador”, relatou Manax, que tem mais de 237 mil seguidores no Instagram.
A falta de unidades do Corpo de Bombeiros próximas obrigou a comunidade a agir por conta própria. Segundo Manax, os indígenas formaram uma corrente humana para transportar água em galões e baldes, impedindo que o fogo se espalhasse para outras casas.
“Fizemos o que estava ao nosso alcance. Foi perigoso, mas não podíamos deixar o fogo se espalhar”, acrescentou o influenciador.
O episódio evidencia a vulnerabilidade das aldeias Enawenê-nawê em áreas isoladas, onde o serviço de emergência mais próximo fica a 140 km, em Vilhena (RO), e a 180 km, em Juína (MT).
Após o controle do fogo, a comunidade pede apoio das autoridades para investigar as causas e reforçar a segurança das construções tradicionais, que são naturalmente mais vulneráveis.









































