Oziel Francisco Costa, acusado de um duplo homicídio em Ji-Paraná que chocou a cidade, se apresentou espontaneamente à Polícia Civil na tarde desta sexta-feira, 24 de outubro de 2025. O crime ocorreu na noite de quinta-feira, 23.
Oziel, que chegou à Delegacia de Homicídios acompanhado de seu advogado, Marcos Poleski, é o responsável pelas mortes de sua ex-esposa, Gisellia de Oliveira, e do atual companheiro dela, Diego Arruda. O crime teria sido motivado por um conflito familiar envolvendo a guarda da filha do ex-casal.
O acusado teve sua prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal de Ji-Paraná e, após a apresentação, foi formalmente preso e está à disposição da Justiça.
Execução em via pública
As investigações apontam que Oziel foi até a casa das vítimas, localizada na Rua Castro Alves, no bairro Jardim dos Migrantes. Testemunhas relataram que ele chegou de carro, desceu armado e “abriu fogo contra o casal, sem dizer nada”, agindo com frieza.
Após descarregar o revólver, ele recarregou a arma e continuou atirando. A perícia técnica confirmou que Gisellia foi atingida na cabeça, tórax e braços, e Diego foi baleado na cabeça e no peito. Ambos morreram no local antes da chegada do socorro.
A filha do casal, que estava na residência no momento dos disparos, não foi ferida. Oziel pegou a criança após o crime e a deixou na casa dos avós paternos antes de fugir. A menina foi encontrada em segurança pela Polícia Militar e entregue à família materna.
Arma e carro apreendidos
Durante as buscas realizadas pela polícia, o carro usado na fuga, um Toyota Corolla prata, foi encontrado abandonado em uma área de mata próxima à Ponte do Rio Machado.
Sob o para-choque do veículo, os agentes localizaram um revólver calibre .38 com numeração raspada e uma cápsula deflagrada. O material foi encaminhado à perícia técnica e o veículo permanece à disposição da Justiça.
O delegado Flaviano José, responsável pelo caso, afirmou que a entrega espontânea do acusado “não altera a gravidade dos fatos. O crime foi cometido com extrema frieza e motivação passional, envolvendo disputa pela filha do casal”.
Durante o interrogatório, Oziel optou por permanecer em silêncio, exercendo seu direito constitucional. O caso continua sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Ji-Paraná.









































