O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, informou nesta terça-feira, 30 de setembro de 2025, em Brasília, que a corporação instaurou um inquérito policial para investigar os casos de intoxicação por metanol identificados no estado de São Paulo. A PF investiga, especificamente, uma possível ligação da adulteração de bebidas alcoólicas com o crime organizado.
Rodrigues explicou que a investigação federal se justifica por dois motivos principais: a questão da interestadualidade, com indícios de distribuição da bebida adulterada para fora de São Paulo, e a possível conexão com operações anteriores.
“A questão da interestadualidade e a possível conexão com investigações recentes que fizemos, especialmente no estado do Paraná, com outras duas de São Paulo, em razão de toda a cadeia de combustível, onde parte disso passa pela importação de metanol pelo Porto de Paranaguá”, detalhou Andrei Rodrigues.
Trabalho integrado e emergência médica
O diretor da PF afirmou que o trabalho será feito de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo, complementando as investigações administrativas e estaduais. Ele reforçou que o inquérito dirá se há, de fato, conexão com o crime organizado com base nas evidências de operações anteriores.
A intoxicação por metanol é uma emergência médica de extrema gravidade, uma vez que a substância é metabolizada no organismo em produtos tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, que podem ser fatais.
Os principais sintomas da intoxicação incluem: visão turva ou perda de visão (podendo levar à cegueira) e mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese). Em caso de identificação desses sintomas, é fundamental buscar imediatamente os serviços de emergência médica e contatar centros especializados, como o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001).