A Polícia Federal (PF) solicitou à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) a inclusão de oito foragidos na “Lista Vermelha”. Os indivíduos são suspeitos de integrar um esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) de lavagem de dinheiro, utilizando atividades ilícitas para esconder bilhões de reais. A medida busca a cooperação de outros países para a localização e captura dos suspeitos.
Os foragidos são alvos das operações Quasar e Tank, deflagradas na última quinta-feira, 28 de agosto de 2025. A inclusão de seus nomes e fotos no alerta vermelho (Red Notice) da Interpol representa um pedido oficial de ajuda às nações-membros. Embora os nomes não tenham sido divulgados, a PF confirmou que a lista de procurados brasileiros na Interpol já conta com 85 avisos públicos, além de outros dados acessíveis apenas às autoridades.
Esquema e resultados da operação
A Operação Quasar e a Operação Tank foram realizadas em conjunto com a Operação Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e com a participação da Receita Federal. O objetivo era desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro que utilizava o setor de combustíveis. No total, foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva, mas apenas seis foram cumpridos, o que levou ao pedido de inclusão dos oito foragidos na lista da Interpol.
A ação resultou no bloqueio e sequestro de mais de R$ 3,2 bilhões em bens e valores. Segundo as investigações, o esquema criminoso movimentou cerca de R$ 140 bilhões de forma ilícita. Parte desse valor era ocultada por meio de um sofisticado sistema que usava fundos de investimento, enquanto outra parte era lavada através de centenas de empresas, incluindo postos de combustíveis, distribuidoras e instituições financeiras.
A PF reforça que essas operações visam a desestruturação financeira de organizações criminosas e a recuperação de valores, combatendo a infiltração do crime organizado no mercado financeiro.