O influenciador digital suspeito de colocar uma falsa bomba no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho, pode enfrentar sérias consequências legais, com penas que, somadas, podem chegar a décadas de prisão. O incidente, ocorrido na noite de quinta-feira (14), mobilizou as forças de segurança da Polícia Militar e Polícia Federal, que agiram para neutralizar o artefato.
O ato de colocar um simulacro de bomba pode ser enquadrado em diferentes crimes. Um deles é a perturbação ou atentado contra o serviço de transporte, que prevê pena de 1 a 2 anos de detenção, além de multa. O suspeito também pode ser responsabilizado por ameaça, com pena de 1 a 6 meses ou multa, caso alguém tenha se sentido diretamente ameaçado.
O crime mais grave que o suspeito pode responder é o de ato de terrorismo, conforme a Lei 13.260/2016. Segundo a legislação, colocar ou simular a colocação de explosivos para causar terror ou pânico pode ser interpretado como um ato terrorista. A pena para este crime varia de 12 a 30 anos de reclusão, mesmo que o artefato não seja uma bomba de verdade, uma vez que a simples simulação já é suficiente para enquadrar a ação.
A ocorrência, que contou com a atuação integrada da Polícia Militar de Rondônia, Polícia Federal e equipe de segurança do aeroporto, foi neutralizada com êxito pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE). A perícia posterior confirmou que o objeto era um artefato falso, mas a investigação continua para localizar o responsável, que foi identificado pelas câmeras de segurança do local.