O motociclista Willyan Pereira Soares viveu momentos de tensão no último sábado (2) após ser atingido por uma linha chilena enquanto trafegava pela Avenida Brasil, na altura da Barreira do Vasco, no Rio de Janeiro. Ele retornava para casa, em Niterói, quando sentiu um arranhão no pescoço e, por reflexo, conseguiu puxar a linha antes que sofresse um corte profundo.
“Eu estava voltando de uma corrida de aplicativo, sentido Niterói, quando senti o arranhão. Na hora, freiei a moto, puxei a linha para cima e consegui jogar contra o capacete. Ela ainda machucou um pouco meu pescoço e queixo, mas poderia ter sido muito pior”, relatou Willyan.
A rápida reação do motociclista evitou um acidente grave. Apenas um dia antes, um pintor morreu degolado ao ser atingido por uma linha semelhante na Via Light, na Baixada Fluminense.
Uso proibido e denúncias em alta
A linha chilena, fabricada com quartzo moído e óxido de alumínio, é ainda mais cortante que o cerol e tem seu uso proibido no Rio de Janeiro e em diversos outros estados do país. Mesmo assim, casos de acidentes continuam sendo registrados.
Segundo dados do Linha Verde, programa do Disque Denúncia, o número de ocorrências envolvendo o uso desse material vem crescendo. Nos últimos sete meses, foram registradas 716 denúncias, superando as 561 notificações registradas durante todo o ano passado.