Zenaide de Oliveira Onorato, de 37 anos, conhecida como “Sula”, foi brutalmente assassinada a tiros dentro de sua própria casa em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, na noite de quarta-feira, 23 de julho de 2025. O crime, ocorrido diante dos filhos da vítima, é relacionado pela Polícia Civil à intensa disputa entre facções criminosas pelo controle territorial da cidade. Este é o sexto homicídio com indícios de ligação direta com a guerra entre grupos rivais registrado neste ano, elevando a tensão entre os moradores.
O assassinato ocorreu por volta das 18h50, na Rua Roraima, no bairro Nova Ouro Preto. Testemunhas relataram que dois homens em uma motocicleta chegaram ao local. O passageiro desceu e invadiu a residência. Duas crianças, filhos da vítima, estavam presentes, uma delas muito próxima no momento dos disparos.
O criminoso efetuou quatro tiros com uma pistola calibre 9mm contra “Sula”, atingindo-a no pescoço, abdômen e tórax. A Polícia Militar encontrou a vítima caída na entrada da cozinha, já sem vida. A Polícia Técnico-Científica (Politec) confirmou as perfurações e apreendeu quatro celulares, dinheiro em espécie, um relógio e uma corrente dourada. Durante a busca, foram encontradas pedras de crack e maconha escondidas nas roupas da vítima. O Conselho Tutelar foi acionado devido à presença das crianças no local.
Em uma resposta imediata, equipes da Polícia Civil e do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar iniciaram as buscas pelos autores. Um dos suspeitos foi capturado dentro de um táxi a caminho de Jaru, e o segundo foi localizado em uma casa na mesma cidade. Com eles, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9mm, compatível com as cápsulas recolhidas na cena do crime. Ambos foram conduzidos à delegacia para interrogatório e permanecem à disposição da Justiça.
A Polícia Civil confirmou que “Sula” era esposa de um apenado, apontado como principal liderança de uma das facções criminosas em Ouro Preto do Oeste. Investigações preliminares indicam que o crime pode estar ligado ao rompimento de alianças dentro da própria facção ou a ações de grupos rivais que buscam o controle de pontos de tráfico na cidade.
O delegado Niki Locatelli, responsável pela investigação, comentou a gravidade da situação. “As operações policiais têm retirado diversos criminosos das ruas, mas a cada execução, o conflito se aprofunda e se expande. Estamos diante de uma guerra silenciosa, mas constante”, afirmou o delegado.