A morte violenta de Everton Pereira Fagundes da Conceição, o Everton Boi, de 46 anos, ex-atleta da seleção brasileira de vôlei juvenil, comoveu Cuiabá (MT) e levanta suspeitas de traição, ciúmes e extorsão. Ele foi assassinado com ao menos três tiros na última quinta-feira (11), no bairro República do Líbano, dentro do carro do próprio autor confesso do crime.
Everton era natural de Várzea Grande e conhecido por sua trajetória no esporte. Atuava como oposto e defendeu o Brasil em campeonatos internacionais, como o Sul-Americano Juvenil e o Mundial Infanto-Juvenil. Era filho do ex-goleiro João Fagundes da Conceição, o “Fagundão”.
O principal suspeito do assassinato é Idirlei A., de 40 anos, amigo da vítima. Ele se apresentou à polícia nesta segunda-feira (14), após ter a prisão temporária decretada. Em depoimento, alegou que temia estar sendo vítima de uma tentativa de extorsão, supostamente planejada por sua ex-companheira com o envolvimento de Everton.
Emboscada e ciúmes são investigados
Segundo o delegado Caio Albuquerque, responsável pelo caso, tudo indica que Everton foi atraído para uma emboscada. Ele havia aceitado dar uma carona a Idirlei quando foi surpreendido pelos disparos. Ferido, perdeu o controle da caminhonete e colidiu com outro veículo nas proximidades de um posto de combustíveis. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento da batida e a fuga do suspeito a pé, deixando Everton sem socorro.
A polícia apura se o crime teve motivação passional, já que Everton mantinha um relacionamento com a ex-mulher de Idirlei. A mulher já foi ouvida e nega envolvimento. A investigação busca esclarecer se houve premeditação e se outras pessoas participaram do crime.
Repercussão e luto no meio esportivo
A morte de Everton gerou grande comoção entre familiares, amigos e ex-companheiros de quadra. Ele era uma figura muito respeitada no meio esportivo de Mato Grosso, tanto por sua trajetória vitoriosa quanto pelo seu carisma fora das quadras.
A perícia segue em andamento, e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias. O caso está sendo tratado como homicídio qualificado.
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