O padre Danilo F F, de 37 anos, está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo por suposta embriaguez ao volante. O caso ocorreu no último fim de semana, em um posto de combustíveis localizado no centro da cidade de Registro, no Vale do Ribeira. Segundo o relato de testemunhas e policiais, o padre teria causado tumulto no local, quebrando garrafas, xingando e ameaçando os frentistas. Ele chegou a ser detido pela Polícia Militar, mas foi liberado após aceitar fazer exame de sangue.
Franco foi encontrado dentro de um veículo em marcha à ré, aparentando sinais claros de embriaguez, como fala arrastada, desorientação, andar instável e forte cheiro de álcool. O boletim de ocorrência foi registrado como embriaguez ao volante, e a Polícia Civil seguirá com a apuração após o resultado do exame toxicológico e o depoimento do padre.
Quem é o padre Danilo?
Natural de Registro, Danilo nasceu em 2 de outubro de 1987 e iniciou sua formação religiosa aos 18 anos, ao ingressar no seminário em 2005, conforme informações da Diocese de Registro. Foi ordenado diácono em 2 de março de 2013 e recebeu a ordenação sacerdotal em 20 de setembro do mesmo ano, ambas pelas mãos de Dom José Luiz Bertanha.
Ao longo de sua trajetória religiosa, atuou em diversas paróquias da região, como Nossa Senhora do Monte Serrat e São Benedito, em Itariri (SP), além da Catedral São Francisco Xavier, em sua cidade natal.
A confusão no posto
Dois funcionários do posto relataram que o padre estava consumindo bebidas alcoólicas no local e, em determinado momento, passou a agir com agressividade, destruindo garrafas e intimidando os trabalhadores. Após a chegada da PM, ele foi conduzido à delegacia, onde aceitou se submeter à coleta de sangue. Como estava visivelmente embriagado, não prestou depoimento no momento, e o veículo foi liberado para uma pessoa de sua confiança.
Posição da Igreja
Em nota oficial, o bispo diocesano de Registro, Dom Manoel Ferreira dos Santos Júnior, lamentou o ocorrido, pediu perdão pelo escândalo causado e garantiu que o padre responderá também às sanções canônicas, além das medidas civis já em andamento.
“A Igreja Católica não compactua com comportamentos que causem escândalos, principalmente vindos de seus membros ordenados”, afirmou o bispo. A nota também cita a necessidade de reconhecer erros e curar as feridas causadas, em referência a um ensinamento do Papa Francisco.
As próximas etapas da investigação incluem a análise do exame toxicológico e a oitiva do religioso. Até o momento, a Diocese não informou se o padre será afastado de suas funções eclesiásticas.