Embora a suspeita mais óbvia seja de que o crime teria sido um ataque letal motivado por vingança contra o pai da criança, a polícia trabalha com várias hipóteses quanto à motivação do assassinato do menino de apenas 12 anos, na tarde desta quinta-feira, 27, em Vilhena.
A imagem da mãe com o corpo inerte do garoto (identificado como Victor Davy) nos braços, comoveu a cidade após viralizar em grupos no WhatsApp, e revelou que a criminalidade já não distingue adultos de crianças na maior e mais violenta cidade do Cone Sul de Rondônia.
De acordo com informações apuradas no local da execução, após atravessar o tórax do menino, a bala usada no crime atingiu o braço de um coleguinha dele. Esta segunda criança mora na casa onde aconteceu o atentado.
O pequeno sobrevivente teria saído para a rua aos gritos após o disparo fatal e contado a vizinhos que dois homens de bicicleta chegaram ao local e, sem dizer nada um deles alvejou o menor, ferindo o outro “por tabela”. Esta segunda vítima, que tem 10 anos, está no Hospital Regional, mas não corre risco de morrer.
Embora já haja até rumores de que os dois envolvidos no homicídio teriam sido reconhecidos por testemunhas, e continuem sigam foragidos, outras hipóteses quanto à motivação do crime são consideradas.
Uma delas é de que o disparo possa ter sido acidental, feito por uma terceira pessoa, sem a intenção de ferir o menino. Mas as imagens de câmeras instaladas nas proximidades da residência atacada irão confirmar ou desmentir esta suposição.
O corpo de David, que completou 12 anos na última sexta-feira, 21, foi recolhido pela funerária Santo Cristo, e passará por necrópsia, que revelará se a morte foi mesmo causada por um único disparo a queima-roupa.
O pai do garoto assassinado, um homem com passagens pela polícia e que tem o apelido de “Peteco”, está cumprindo pena no Centro de Ressocialização Cone Sul, presídio instalado próximo à área urbana de Vilhena.