O julgamento de Gabriel Henrique Santos Souza, acusado de matar Antonieli Nunes Martins, acontece nesta segunda-feira (24), em Rondônia. A vítima, com quem o réu mantinha um relacionamento, estava grávida no momento do crime. Por isso, além do feminicídio, ele também responde pelo crime de aborto.
Após sucessivos recursos negados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, STJ e STF, a Justiça confirmou a realização do júri. O julgamento será conduzido pelo juiz Hugo Soares Bertuccini, com início às 8h, e contará com a participação de 15 testemunhas.
O crime
Antonieli foi encontrada morta em uma casa alugada, estrangulada e com um corte no pescoço. Segundo as investigações, ela mantinha um relacionamento com Gabriel há cerca de 10 meses. O acusado confessou o crime na delegacia, indicando onde havia descartado a faca e a carteira da vítima, mas optou pelo silêncio seletivo durante a audiência de instrução.
O réu enfrenta qualificadoras como motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio contra gestante, o que pode agravar sua pena em caso de condenação.
O júri
A sessão será aberta ao público, com limitação de vagas e distribuição de senhas por ordem de chegada. Não será permitido o uso de celulares no plenário para garantir a integridade das testemunhas.
A defesa de Gabriel será conduzida pelos defensores públicos Diego Simão e Dalila Andrade Moraes, enquanto a acusação ficará sob responsabilidade das promotoras Rafaela Barreto e Luciana Damasceno, além da assistente de acusação Débora Cristina Moraes, contratada pela família da vítima.
Na véspera do julgamento, a defesa solicitou que o réu não comparecesse ao plenário, pedido aceito pelo juiz sem objeção do Ministério Público.