Na Bolívia, o combate ao narcotráfico, tem tomado diferentes posicionamentos. De um lado, o governo do presidente Luis Arce vem colocando em prática um plano de combate aos narcotraficantes que fazem da Bolívia o terceiro maior produtor de cocaína do mundo.
Em contrapartida, o crime organizado encontrou nos próprios populares, principalmente, aqueles que vivem em povoados, um ‘escudo’ para perpetuar os tentáculos do organismo e manter longe o Estado.

Exemplo disso, ocorreu na localidade de ‘Bulo Bulo’, ligada a província de Carrasco onde homens da Força Especial Luta Contra o Crime (FELCC) sentiram a pressão dos narcotraficantes diante dos moradores.

Nesta região, os policiais empreendiam, no início desta semana, uma ação contra o tráfico de drogas, de repente eles foram atacados. Populares queimaram um dos veículos das forças policiais obrigando os efetivos a abandonar o local. O ataque, segundo o ministro do Governo, Eduardo Del Castillo Del Carpio, foi motivado pela destruição de duas fábricas de cocaína.

Durante a operação, foram apreendidos mais de 1.600 litros de gasolina desviada para produzir cocaína. “A mesma que é subsidiada pelo Estado, e que, por ser desviada para essas atividades ilegais, escasseia em muitas estações de serviço do país”, disse Del Castillo.
Para Del Castillo, “esses setores devem entender que já não existem áreas onde o Estado não tem presença. Nossas forças da ordem entrarão em todos os setores onde sejam cometidos ilegalmente no país”, finaliza.