De acordo com as investigações da Polícia Civil de Rondônia, que deflagrou a “Operação Inocência” e prendeu preventivamente o casal, o militar abusava da filha de 02 anos, enquanto a esposa violentava sexualmente os meninos, de 09 e 12 anos. Segundo a polícia, ele ainda colocava os dius filhos mais velhos para assistir as filmagens. Os investigadores acreditam que a prática criminal acontece desde 2021.
Além do casal, uma mulher que participava de um “trisal” com os vilhenenses também foi presa. Ela levava uma criança de 10 anos para também ser estuprada pelo policial e responderá por armazenamento de pornografia infantil. Durante as investigações, os policiais descobriram que o policial e a esposa filmavam os abusos e depois divulgavam os vídeos na internet.
Após ser preso, o vilhenense, que também trabalhou na PM em Pimenta Bueno, confessou, em depoimento, que praticava os abusos contra as crianças, incluindo os próprios filhos, por ter sido estuprado na infância.
Pelo menos em público, o policial levava uma vida de “servo de Deus”, segundo definição da entrevistada, que já assistiu o “irmão” tocar durante os cultos na igreja, aos quais comparecia ao lado da esposa, vestida recatadamente, e dos três filhos. Os dois não estariam mais congregando.
Além do trabalho na corporação, o acusado tinha uma pequena empresa e chegava a transmitir lives nas quais sorteava produtos da firma. Numa dessas gravações, ainda acessível no Instagram, a voz da esposa e a filha caçula do casal aparecem.
Diante da descoberta de que o homem acima de qualquer suspeita era capaz de tantas perversões sexuais, a irmã de fé disse ao site que o caso acabou reforçando o boato de que existe uma rede de pedofilia atuando em Vilhena há algum tempo.
Embora o crime infame que revolta cristãos e mesmo ateus ainda não tenha sido comprovado, já há pessoas de diferentes igrejas tentando identificar outros abusadores que agem na maior cidade do Cone Sul de Rondônia, encobertos pelo disfarce da “vida familiar perfeita”.
Segundo vem sendo divulgado nas redes sociais, a venda de um tablet teria levado à descoberta do crime. A pessoa que comprou o equipamento vendido pelo militar encontrou as imagens repugnantes no aparelho e denunciou o caso.
Em uma nota divulgada à imprensa na noite de sábado, 20, o Comando-Geral da PM confirmou que o policial militar está recluso e repudiou a conduta do soldado.
“O policial segue em reclusão e disponibilidade judicial. As medidas administrativas e disciplinares estão sendo tomadas conforme a gravidade do fato. O Comando-Geral da PM repudia qualquer conduta que vá de encontro aos princípios éticos e legais que regem suas atividades e ressalta que a ação isolada não reflete os valores e padrões da corporação como um todo”, disse o comunicado.