O caso do Policial Penal que reagiu a uma possível tentativa de assalto na manhã de domingo (18) na rua Lisboa, bairro Novo Horizonte, zona sul de Porto Velho, ganhou mais um desdobramento nesta segunda-feira (19). Isso porque o caso passou de tentativa de assalto para uma tentativa de homicídio, segundo advogado.
“Ficou comprovado na ocorrência, que de fato ocorreu uma tentativa de homicídio contra o Policial Penal”, afirmou o advogado.
De acordo com informações, a vítima estava seguindo para a sua residência em uma motocicleta, quando em determinado momento um menor infrator e seu comparsa, armados, saíram atirando contra o policial, que revidou e se iniciou uma troca de tiros, na qual o menor foi atingido.
Em seguida, baleado, o menor saiu pulando os muros até cair sem vida em um terreno de uma residência. As autoridades foram acionadas e a perícia encontrou um revólver calibre 38 quatro munições deflagradas e uma intacta, porém, picotada. O adolescente estava com uma perfuração no rosto e após a finalização da perícia, o corpo foi removido pelo IML.
A profissão do Policial Penal é a segunda profissão mais perigosa do mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), ainda mais no Brasil, onde tem diversas unidades prisionais contendo uma quantidade de prisioneiros acima do limite. Além de que esses profissionais não recebem as condições necessárias para exercer o trabalho e arriscam suas vidas para manter a ordem e a disciplina nesses locais.
No dia 21 de maio deste ano, seis integrantes de uma facção foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) em Rondônia por planejarem assassinar quatro agentes penitenciários na capital do estado. Os suspeitos foram presos em operação.
Em junho de 2020, outro caso semelhante ocorreu na capital. Um rapaz sofreu uma tentativa de homicídio de três integrantes da facção PCC após acreditarem que o jovem era policial penal e que estava em uma lista para ser assassinado. Os suspeitos atiraram contra a vítima, mas não acertaram o rapaz, que fugiu em seguida. Após as investigações, foi descoberto que o jovem não era um agente penitenciário.
Casos de facções contra os agentes penitenciários estão crescendo no país, e os profissionais desse ramo pedem melhores condições para executar o serviço nas unidades prisionais e mais segurança para os mesmos, em vista, das ameaças e das tentativas de homicídios que os agentes vêm sofrendo das facções.